O balanço das principais acções desenvolvidas e resultados operacionais alcançados pelo Comando Provincial do Cuanza-Sul, da Polícia Nacional de Angola, durante o 1.º semestre de 2024, fala em ambiente de segurança, ordem e tranquilidade públicas caracterizados estáveis, por conta de uma redução de 132 crimes e 116 acidentes de viação.
Ainda assim, na província do Cuanza-Sul, segundo o relatório apresentado pelo porta-voz Tomás António, no período em epígrafe, foram removidos 264 cadáveres, menos um em relação ao período homólogo.
Deste número de remoções, oito são do sexo feminino e, embora o maior registo de mortes continua a ser por acidente de viação (102), as outras causas engrossaram o relatório, como o homicídio (46), afogamento (31), suicídio por enforcamento (26), intoxicação alcoólica (15), morte patológica (12), entre outros.
Nesta questão dos acidentes, a província registou um total de 237, que constitui uma redução de 116 acidentes de viação em relação ao período anterior.
Segundo o porta-voz, para além das mortes já referenciadas, 280 pessoas ficaram feridas e tiveram danos materiais calculados em 622.215.000.00 de kwanzas.
“Os atropelamentos representaram 34%, seguidos das colisões entre veículos automóveis e motociclos com 18%, do total de acidentes.
Os dias da semana mais afectados foram sexta-feira (64 acidentes), causando 31 mortos e 76 feridos, seguido do sábado (60 acidentes), causando 16 mortos e 69 feridos, do total dos acidentes registados”, sustenta.
Constituíram principais causas o excesso de velocidade (131), ultrapassagens irregulares (33), a condução sob influência de álcool (21), manobra perigosa (20), mau estado técnico dos veículos (18), e 14 por mudança irregular de direcção.
Quanto aos agentes causadores de acidentes, verificou-se que 115 (+52) são motociclistas, 54 (-38) ligeiros profissionais, 33 (-37) pesados profissionais, 12 (-19) serviços públicos, 23 (+23) descaracterizados.
Crimes contra as pessoas
Registaram-se 149 (-54) crimes contra pessoas, 133 (-41) esclarecidos, com a detenção de 130 (+6) destes; 02 (-10) do sexo feminino, correspondendo a 89% de operatividade, com a média de 1,1 crime/dia.
Destes, destacam-se 46 (+17) homicídios, 56 (-40) crimes de ofensas à integridade física, 47 (-23) crimes sexuais, sendo 21 contra menores de 16 anos, e 26 de agressão sexual com penetração.
Foram registados 46 homicídios, destes 39 esclarecidos, que resultou na detenção de 46 cidadãos, destes, um do sexo feminino, alcançando o grau de esclarecimento na ordem dos 85% e uma média de 0,2 crime/dia, destes, 24 ocorridos na via pública, 11 no interior de residência, e 11 em outros lugares.
Quanto à forma de cometimento, foram 12 por embriaguez, 11 por justiça por mãos próprias, seis questões passionais, quatro por espancamento, sete foram praticados com faca, catana, correia de tractor, ferro, crença ao feiticismo, pau, resistência ao assalto e retaliação, bem como um com arma de fogo e outro por afogamento.
“De uma forma geral, a taxa criminal foi que a cada 1000 habitantes quatro vítimas, sendo que o rácio de produção face aos esclarecimentos corresponde a 65% (+4) de produtividade da acção policial, e quanto às detenções compreende 74% (+11%) de eficácia das forças policiais, porquanto a situação ainda é considerada a favor das forças policiais”, sustenta Tomás António.
Para finalizar, o relatório fala também dos crimes de agressões e abuso sexuais, que teve o registo de 47, sendo 26 contra menores de 16 anos e 21 de agressão sexual com penetração.
Destes, 45 (+7) foram esclarecidos, que resultou na detenção de 28 cidadãos, alcançando o grau de esclarecimento na ordem de 96%, com uma média de 0,2 crime/dia.
Os crimes do género foram maioritariamente praticados por pessoas conhecidas ou próximas das vítimas e outros por mera satisfação das necessidades sexuais, sendo 31 ocorridos no interior de residências e 16 noutros locais.
Nesta tipicidade, o interior de residência e zonas isoladas são os locais preferenciais dos marginais, que maioritariamente são praticados por pessoas próximo das vítimas.