Os atrasos nos pagamentos contribuíram para o abrandamento, em 2023, do ritmo de execução de algumas obras inscritas no Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), em Cambambe, província do Cuanza-Norte.
Trata-se das obras de construção do Centro Materno-Infantil e a conclusão da reabilitação do hospital municipal.
O fiscal das obras do Centro Materno-Infantil, Edson Tavares, explicou que as obras tiveram início, em Setembro de 2022, com a duração inicial de 12 meses.
As irregularidades na liquidação dos autos de medição condicionaram o cumprimento do cronograma da empreitada, executada em 34 por cento.
Referiu que existem facturas desta mesma obra no valor de 500 milhões de kwanzas, que continuam pendentes no sistema de emissão de ordens de saque do Tesouro Nacional.
Esta situação está a deixar o empreiteiro sem liquidez para a realização de despesas.
Edson Tavares falava à ANGOP à margem de um encontro que o vice-governador para o sector Técnico e Infra-estruturas do Cuanza-Norte, Mendonça Luís, manteve com os empreiteiros, em Cambambe.
O encontro serviu para avaliar o estado actual de execução destas obras naquela municipalidade.
Já as obras de conclusão da reabilitação do hospital municipal, que apresentam grau de execução física de 84 por cento e financeira de 82 por cento, não beneficiam de pagamentos, desde Dezembro de 2022, segundo o seu encarregado, Domingos Miguel.
A situação levou à suspensão dos trabalhos, o que poderá ocasionar a vandalização ou degradação de alguns equipamentos já instalados.
As obras tiveram início, em 2014, sob responsabilidade do Governo provincial, tendo sido posteriormente inscritas na carteira de projectos do PIIM da administração municipal de Cambambe, e retomadas em 2018, após sucessivas paralisações.
As mesmas estão orçadas em 593 milhões, 960 mil e 41 kwanzas para as obras e 29 milhões, 698 mil para a fiscalização.