A gestora de comunicação e marketing do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN), Alice Pedro, afirmou que as actividades, que vão decorrer durante as comemorações da semana mundial do espaço, terão como objectivo promover o espaço, chamar a atenção das academias para abraçarem a tecnologia espacial, tendo em conta que o país já começou a dar os seus passos neste sector.
Referiu que Angola tem actualmente um satélite, aplicativos espaciais, por isso, defende que ‘está na hora de começarmos a formar os nossos próprios especialistas’.
De acordo com Alice Pedro, a sua instituição prevê que, dentro de cinco anos, se implementem as formações sobre ciência e a tecnologia espacial no sistema de ensino a partir da base até ao ensino superior.
Os mais de 60 especialistas nacionais que o GGPEN possui almejam formar professores nas instituições de ensino, de modo a disseminar aos estudantes. As sementes devem ser lançadas nas escolas, de modo a entenderem o porquê que o país tem um satélite no espaço e quais as suas vantagens.
No que concerne à formação, disse que Angola ainda não tem formação especializada, mas, de momento, apenas alguns técnicos em pequenos satélites e em VSAT, pelo que a ideia não é parar por aqui. Tencionam avançar para as instituições de ensino de base, médio e superior.
Desde 2018, período em que se começou a realizar as formações técnicas, até ao momento, se pode contabilizar mais de 300 mil técnicos, e muitos dos formados constituíram as suas empresas e alguns trabalham na área.
A semana mundial se comemora de 4 a 10 do corrente mês, a data foi declarada oficialmente pelas Nações Unidas, com objectivo de celebrar a ciência e a tecnologia espacial para o melhoramento da condição humana.
Neste ano, a data será celebrada em todo país, com o tema “o espaço e as mudanças climáticas”, diferente do passado, em que foi apenas celebrada na capital do país e em mais uma ou duas províncias.
Durante a semana mundial do espaço, serão realizadas várias actividades, como palestras, workshops, seminários, cursos, exposições, sessões de filmes, entre outras.
Na província de Luanda, a semana mundial do espaço 2024 será aberta no dia 4 de Outubro pelo ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Augusto da Silva Oliveira.
Alice Pedro salientou que as actividades serão realizadas por iniciativa do Gabinete de Gestão Espacial Nacional (GGPEN), com a participação e apoio directo de diversas instituições do Estado, onde se destacam os governos provinciais, o Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INAMET), o Instituto Angolano das Comunicações (INACOM), o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento das Comunicações (FADCOM).
Nestas últimas, instituições tuteladas pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social estão previstas a realização simultânea, em todo o país, de um conjunto de actividades diversas (palestras, formações, actividades de campo, workshops, visitas de estudo, apresentação de projectos, serviços, entre outras).
Temas como “a importância dos satélites na medição dos parâmetros meteorológicos em superfície”, “estimativas de chuva em superfície através de satélites”, “clima de Angola para os próximos 70 anos”, “monitoramento dos impactos das alterações climáticas através de satélites”, “importância dos satélites no monitoramento ambiental para a tomada de decisão”, “contribuição dos satélites no monitoramento de eventos meteorológicos extremos ocasionados pelas alterações climáticas”, dentre outros, serão apresentados por especialistas renomados durante toda esta semana.
A gestora de comunicação e marketing lembrou que, pelo sétimo ano consecutivo, Angola participa da Semana Mundial do Espaço. A participação nesta actividade internacional tem contribuído para promover e acelerar a implementação dos cinco pilares da estratégia espacial nacional.
Eis os cinco pilares: o desenvolvimento de uma infra-estrutura espacial, capacitação e promoção do sector espacial, crescimento da indústria e tecnologias espaciais, afirmação internacional do Estado angolano no domínio espacial e criação interna de estruturas organizativas que assegurem a prossecução dos objectivos pretendidos.