A ministra de Estado para a Área Social, Dalva Ringote, considerou, esta sexta-feira, em Luanda, que a falta de preparação da mulher angolana tem servido de barreira para o empoderamento do género.
O facto foi expresso durante a abertura do Colóquio “Mulher, Tradição e Futuro”, promovido pela Associação Kudia Banco Alimentar (AKBA) e Grupo da Mulher Africana.
Por isso, disse que o Executivo angolano está preocupado com empoderamento da mulher, facto que leva a definição de um conjunto de políticas que visam melhorar o posicionamento político e social no contexto nacional, regional e global.
“A grande barreira não passa única e somente pelas políticas do executivo, estão ancoradas na falta de preparação da mulher”, referiu.
Segundo a representante da Associação do Kudia Banco Alimentar (AKBA), Teresa Teixeira, o objectivo do encontro cingiu-se na abordagem sobre as tradições africanas, os seus pontos positivos e o que deve ser reforçado, bem como debatido sem qualquer tipo de tabu.
Durante o encontro, que juntou mulheres de vários estratos sociais, foram abordados temas como os rituais em África que marcam a transição da jovem rapariga à fase adulta e a mutilação genital, fazendo uma referência profunda dos hábitos e costumes dos povos.
Foram ainda reflectidos a questão da menstruação, gravidez precoce, aleitamento materno e o assédio sexual, bem como a prostituição e pedofilia.