Um cidadão estrangeiro da República Democrática do Congo foi detido recentemente em Cabinda pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), acusado de ter cometido o crime de agressão sexual com penetração a uma mulher de 27 anos.
O cidadão detido, conhecido apenas por Papa Rogério, de 42 anos de idade, se intitulava ser um curandeiro e se dedicava a tratar pacietes com problemas de fórum espiritual.
De acordo com o SIC-Cabinda, através de artifícios fraudulentos, o acusado prometia curas e soluções para os problemas e mantinha relações sexuais ilícitas com as vítimas.
“As autoridades tomaram conhecimento dos crimes após denúncia de uma das vítimas, que reportou o ocorrido ao piquete do SIC, que despoletou acções operativas que resultaram na detenção do acusado já encaminhado ao Ministério Público para os devidos procedimentos criminais”, referiu.
Através de denúncias de parentes de algumas das vítimas, o curandeiro foi detido em flagrante delito pelos efectivos do SIC no interior de uma residência no bairro Chiweca, onde o acusado recebia os pacientes para sessões de cura de fórum tradicional.
Pelo sucedido, o SIC apela à população para se manter vigilante contra malfeitores, e aconselha que, diante de qualquer problema de saúde, busquem sempre ajuda médica e evitem recorrer a pessoas de idoneidade desconhecida.
16 milhões em burla
Numa outra operação, o SIC desmantelou dois grupos de associação criminosa que se dedicavam à prática de crimes de burla qualificada, envolvendo telecomunicações e informática, e deteve dez suspeitos com idades compreendidas entre 19 e 39 anos.
As acções policiais, que culminaram com a detenção dos acusados, são resultantes de uma investigação contínua realizada pelo SIC, com o objectivo de esclarecer crimes de burla que defraudaram pacatos cidadãos em um montante de 16 milhões de kwanzas, por meio de artimanhas como troca de cartões multibanco e o uso do aplicativo BAI Directo.
Segundo o inspector-chefe de investigação criminal, Dilson Pipas, o primeiro grupo de associação criminosa, composto por cinco cidadãos nacionais com idades entre 18 e 30 anos, utilizou o aplicativo BAI Directo para desviar a quantia de Akz 13.000.000,00 da conta bancária de um cidadão nacional de 58 anos.
Já o segundo grupo, igualmente composto por cinco cidadãos nacionais, com idades compreendidas entre 20 e 39 anos, defraudou o valor de Akz 3.000.000,00 por meio de troca de cartões multibanco.
Durante as operações, foram apreendidos quatro telemóveis, seis cartões multicaixas e a quantia de dois milhões de kwanzas, e os acusados foram apresentados ao Ministério Público para os devidos procedimentos legais.
Apreendidos 40 mil litros de combustível
A 11.ª Unidade Territorial da Polícia de Guarda Fronteiras (PGF) desmantelou, na aldeia de Ngoio, sul da província de Cabinda, 15 depósitos ilegais de combustível, tendo apreendido 40 mil litros que seriam destinados ao contrabando na República Democrática do Congo.
As acções foram realizadas no âmbito da 3.ª fase da operação “Cerco”, que a PGF está a levar a cabo nas aldeias fronteiriças de Cabinda.
Os 40 mil litros de combustível estavam acondicionados em vários bidões de 1/25 e 1/30 litros cada um. Segundo o responsável pela educação patriótica da referida unidade da PGF, Tiago Sunda, nenhum dos responsáveis pelo produto foi identificado ou detido pelas autoridades e o material apreendido foi entregue ao Serviço de Investigação Criminal (SIC) para os devidos procedimentos legais.
A operação “Cerco” faz parte do conjunto de esforços contínuos das autoridades policiais para a fiscalização ao longo da linha fronteiriça e combater actividades ilícitas relacionadas com o tráfico de combustível, uma prática comum na província devido à proximidade com as Repúblicas dos Congos Democrático e Brazzaville.
O intendente Tiago Sunda disse que o objectivo da PGF é o de manter a ordem e tranquilidade ao longo da fronteira comum e, através dos seus efectivos e meios, diminuir consideravelmente as acções de contrabando de combustível na província de Cabinda.
Por: Alberto Coelho, em Cabinda