O Tribunal de Comarca do Lubango condenou, na manhã de hoje, Beatriz Cardoso Alves, Miss Huila 2018, numa pena de 2 anos de prisão na forma suspensa por ter sido a autora moral do crime de roubo qualificado de que foi vítima o próprio namorado, Cristiano Raimundo do Porto
João Katombela, na Huíla
O julgamento do caso, que ficou bastante conhecido por Miss Huíla 2018, data do ano de 2021, altura em que Cristiano Raimundo do Porto foi vítima de um assalto seguido de sequestro na companhia da sua namorada, Beatriz Cardoso Alves.
Na data dos factos, Beatriz Cardoso Alves tinha sido detida como autora moral do crime de rapto e sequestro contra o próprio namorado, actual marido com quem tem um filho menor.
O crime foi consumado por António Fernandes, que tinha sido condenado pelo mesmo tribunal numa pena de 13 anos de prisão pela prática de vários crimes com destaque para tentativa de homicídio, num processo em que Beatriz Cardoso Alves aparecia como declarante e ofendida.
Na ocasião, uma magistrada do Ministério Público requereu a abertura de um processo-crime contra a antiga Miss Huíla por ter havido fortes indícios de que ela tinha participado no crime de sequestro e rapto.
No mesmo processo, está igualmente envolvido um agente dos Serviços Prisionais condenado numa pena de três anos pelo crime de abuso de poder e obstrução a justiça, pelo facto de ter aliciado os arguidos António Fernandes e Gelson do Ramos a assumirem a autoria do crime sem o envolvimento de Beatriz Cardoso Alves, com a promessa de arranjar advogados e valores monetários.