Durante a acção em que foram detidos três cidadãos nacionais, dentre os quais o proprietário do estaleiro, cidadão de 45 anos, foram também apreendidos um total de 42.000 litros de combustível diverso.
Este é o segundo estaleiro que o Serviço de Investigação Criminal desmantelou nos Mulenvos, sendo a primeira ocorrência sido registada no mês passado, na zona do Aterro Sanitário, onde havia uma em- presa que vendia ilegalmente gasolina e gasóleo.
Nesta operação realizada no fim-de-semana, nos arredores da Recolix, cujos dados foram apresentados ontem pelo porta- voz do SIC-Geral, Manuel Halaiwa, havia uma empresa que vendia ilegalmente gasolina e gasóleo, e foi possível deter três cidadãos.
Os homens adulteravam o produto e comercializavam a retalho, em Luanda. Noutros casos, os contrabandistas transportavam-no para a República Democrática do Congo, através da fronteira do Luvo.
O cidadão proprietário do estaleiro supostamente recebe combustível do tipo gasóleo, mas não foi possível identificar algum reservatório para este tipo de combustível, pelo que levanta ainda mais a suspeita de contraban- do, segundo o SIC, que considera esta uma rede criminosa organizada.
Questionados sobre a origem dos produtos, os homens mostraram facturas emitidas pela Sonangol e pela Sonangalp de compra e venda da mercadoria, alegando que veio destas empresas. Ainda assim, o porta-voz do SIC- Geral acredita que este indivíduo não esteja a trabalhar sozinho.
Para finalizar, o SIC disse que existe também a chamada “linha branca”, um sistema clandestino em que os compradores recebem a mercadoria das instituições acreditadas a um preço mais baixo. O estaleiro está junto às residências, tem um posto de alta tensão, pelo que as autoridades concordam não existirem condições de armazenamento deste produto naquele recinto.