No período de 4 a 13 de Abril de 2024, o Instituto Nacional da Criança (INAC), através do Serviço de Denúncia SOS – Criança, recebeu um total de 428 denúncias de violência contra a criança em todo o país, com destaque para as províncias de Benguela, Cuando Cubango, Luanda, Lunda-Norte, Lunda-Sul, Moxico e Uíge.
É na província de Benguela, com um total de 60 denúncias, que o SOS registou um caso envolvendo um enfermeiro. Ocorrido no município de Bocoio, a vítima de 14 anos de idade, de acordo com a queixa, sofreu abuso sexual praticado por um enfermeiro, no consultório médico.
A menor, que se fez acompanhar com a sua avó, procuraram os serviços daquela unidade hospitalar, mas foram surpreendidas por um predador sexual. O INAC informa, no relatório que o jornal OPAÍS teve acesso, que o agressor foi detido e a vítima segue o acompanhamento psicológico junto da sua instituição. Outro caso que chamou a atenção do SOS envolve uma cidadã, que encontrou em flagrante delito o seu marido a abusar sexualmente a filha de 12 anos de idade.
O caso aconteceu na província de Luanda, no município de Viana. A criança, de 12 anos de idade, do sexo feminino, foi abusada sexualmente pelo próprio pai, um indivíduo de 45 anos de idade, que foi flagrado pela esposa por cima da filha, sem roupa. O caso já é do domínio do gabinete municipal da acção social e comando municipal da Polícia Nacional.
No mesmo município, com outra vítima, uma criança 13 anos de idade, do sexo feminino, o abuso foi praticado por um indivíduo de 72 anos de idade. A vítima foi interpelada quando saía da escola, o agressor a levou para uma obra abandonada e consumou o abuso. Como se não bastasse, o acusado continua solto e faz ameaças à família da criança.
O caso foi encaminhado para Polícia e a criança passará a ter acompanhamento psicossocial no INAC. De acordo com a porta-voz do INAC, Rosalina Domingos, todos os casos foram encaminhados aos comandos municipais e provinciais da polícia nacional, às direcções municipais e provinciais da acção social e aos serviços provinciais do INAC. Por outra, fez questão de enfatizar que, em caso de violência contra a criança, o cidadão deve ligar para 15015, a chamada é anónima, gratuita e confidencial.