A operação resultou também na apreensão de mais de mil equipamentos de mineração e outros materiais utilizados no crime.
“O SIC deteve estes cidadãos de nacionalidade chinesa por sua implicação em uma série de crimes no município de Talatona, distrito urbano da cidade universitária.
Foram presos por associação criminosa, mineração ilegal de criptomoedas, furto qualificado de água, interferência no sistema eléctrico nacional e vandalização de bens públicos”, disse Fernando de Carvalho, porta-voz do Serviço de Investigação Criminal em Luanda.
A detenção aconteceu após uma denúncia anónima, de acordo com Fernando de Carvalho, uma vez que os suspeitos operavam num estaleiro clandestino, denominado Chimingo, onde realizavam actividades ilegais de mineração de criptomoedas.
Os operacionais de investigadores do SIC, em conjunto com o De- partamento de Combate aos Crimes Informáticos, se dirigiram ao local no dia seguinte à denúncia, confirmando a veracidade das acusações.
No local, foi descoberta uma grande quantidade de equipamentos electrónicos usados para a mineração de criptomoedas, armazenados há cerca de um ano.
Entre os materiais apreendidos estavam 1.047 aparelhos de mine- ração, três grandes ventiladores e diversos postos de transformação de alta tensão, incluindo um que estava desligado e três em funcionamento, usados para alimentar o sistema ilegal de mineração.
Além disso, as autoridades identificaram um desvio irregular de uma conduta da EPAL para abastecer um reservatório de água de aproximadamente 40 mililitros, e uma ligação clandestina à rede elétrica da ENDE, sem qualquer autorização legal. Estes actos, de acordo com o SIC, agravam ainda mais a natureza dos crimes cometidos.
Os dois cidadãos chineses foram detidos e apresentados ao Ministério Público e ao Juiz de Garantias, onde a sua liberdade foi posteriormente determinada.
“A operação resultou na apreensão de todos os materiais ilícitos encontrados no local, sendo que o SIC alerta para investidores estrangeiros, lembrando-os da necessidade de cumprir as obrigações legais no país”, disse Fernando de Carvalho.
POR:Stélvia Faria