O SIC deteve uma cidadã vietnamita, de 38 anos de idade, acusada dos crimes de tráfico de seres humanos, lenocínio e auxílio à emigração ilegal, na manhã desta Sexta feira, 26, na zona do Kikuxi, Município de Viana.
O Serviço de Investigação Criminal (SIC), em resposta a uma denúncia, envolveu a Direcção Central de Combate ao Crime Organizado, numa operação conjunta com os serviços de Migração e Estrangeiro (SME) e a Polícia Nacional, especificamente a unidade de reacção e patrulhamento e efectivou uma operação que deteve uma cidadã vietnamita pelos crimes acima referidos.
Na sequência, foram resgatadas oito cidadãs da mesma nacionalidade com idades compreendidas entre os 31 à 41 anos de idade, que prestavam serviços de prostituição e eram mantidas em cativeiro dentro de um estaleiro.
De salientar que as vítimas foram aliciadas via Internet, concretamente pela rede social Facebook, para prestação de serviço de comércio de roupas, salão de beleza, entre outras incumbências lícitas, porém, ao chegarem no local, foram postas a exercer a prostituição e, havendo a hipótese de uma fiscalização por parte das autoridades eram colocadas em pequenos túneis forjados com papel de paredes onde pudessem permanecer durante vários dias sem serem descobertas. Era um espaço devidamente preparado para a acção criminosa.
De acordo com o porta-voz do SIC, Manuel Halaiwa, a responsável conta com o apoio do suposto esposo que é o detentor do estaleiro, que de momento encontrar-se foragido.
“Estamos no encalço do cidadão, já está devidamente localizado e, mais cedo ou mais tarde, cairá nas nossas mãos”, afirmou o porta-voz.
Halaiwa acrescentou ainda que o companheiro da denunciada promove contactos com outros conterrâneos vietnamitas e também chineses que servem-se destes serviços mediante ao pagamento de 100 mil kwanzas por hora, fruto do qual as lesadas recebem alguma contrapartida mensalmente.
É de realçar que esta rede também vende estas mulheres a um preço de até cinco milhões de kwanzas em outros cidadãos conterrâneos que possuem residências, nas quais desempenham a mesma prática.
As vítimas serão acolhidas pela SME e reencaminhadas ao seu país de origem através de um despacho administrativo.
Já a detida será presente ao Ministério Público a fim de responder pelos crimes a si imputados.