Foram accionadas imediatamente as medidas cabíveis recomendadas pela Organização Mundial da Saúde para estes casos, segundo o MINSA, que em coordenação com outras instituições afins, iniciou a implementação de medidas de desinfecção das áreas contaminadas, a identificação e rastreamento de contactos, assim como a investigação epidemiológica e laboratorial aprofundada para a confirmação dos casos suspeitos.
Em adição a estas medidas, está-se a proceder ao mapeamento e mobilização de activistas e mobilizadores no terreno para uma campanha de informação casa e casa e distribuição de material de Informação, Educação e Comunicação (IEC) e de solução-mãe de hipoclorito de cálcio (lixívia), permitindo que as famílias possam, elas mesmas, proceder à desinfecção caseira da água de consumo, assim como das latrinas e casas de banho.
O comunicado não dá mais detalhes das vítimas mortais, mas o ministério aproveita para recordar que a cólera é uma doença perigosa e muito contagiosa. A pessoa com cólera tem muita diarreia aquosa, tipo “água de arroz”, vómitos e fica muito fraca. A cólera pode matar em poucas horas se não for imediatamente tratada.
“O período de incubação da doença varia de 12 horas a cinco dias. Transmite-se quando bebemos água não tratada, consumimos alimentos contaminados, comemos com as mãos sujas, defecamos ao ar livre ou quando tocamos num doente ou pessoa que tenha morrido com cólera e não lavarmos imediatamente as mãos com água e sabão, desinfectando-as com lixívia”, diz o comunicado.
Por ser altamente contagiosa e espalhar-se com muita rapidez, o Ministério da Saúde apela à população em geral e da zona afectada em particular (bairro do Paraíso, Cacuaco) que adopte as medidas de prevenção.
Entre as medidas estão a lavagem frequentemente das mãos com água e sabão e manter a higiene pessoal de toda a família; tratar a água para beber, colocando cinco gotas de lixívia em cada litro de água e esperar 30 minutos antes de beber ou ferver a água de consumo durante 20 minutos.
Consta ainda a lavagem correcta das frutas e legumes com água fervida ou tratada com lixívia antes de as comer; cozinhar bem os alimentos e guardá-los bem tapados; não defecar ao ar livre; usar sempre latrina ou casa de banho; com- bater as moscas, baratas e ratos, pois são agentes transportadores do vibrião colérico.
Por fim, o MINSA aconselha a mantermos a latrina ou a casa de banho sempre limpas e desinfectadas com lixívia; manter a casa, o quintal e o bairro sempre limpos e, em caso de suspeita de cólera, primeiro deve- se dar muitos líquidos ou o soro caseiro ao paciente, depois de levar o doente para a unida- de sanitária mais próxima, sem parar de dar-lhe líquidos.
O soro caseiro faz-se, preparando um litro de água fervida e colocando uma colher de sopa de açúcar e uma colherinha de chá de sal. O Ministério da Saúde mantém o compromisso de informar sobre a situação epidemiológica desta doença e apela à sociedade que mantenha a calma e a serenidade, na certeza de que tudo se fará para proteger a saúde de toda a nossa população.
“Agradecemos e contamos com a pronta colaboração de todos os cidadãos e solicitamos que, em caso de suspeita de cólera, se dirijam de imediato à unidade de saúde mais próxima da sua residência”, lê-se.