Eduardo António Tchimuco, de 43 anos de idade, foi detido na última sexta-feira pela Polícia Nacional no município de Caconda, há 236 quilômetros a norte da cidade do Lubango, capicapital da província da Huíla, acusado de ter abusado sexualmente e matar a sua enteada.
João Katombela, na Huíla
O facto ocorreu na noite do passado dia 29 do mês de Fevereiro, quando a vítima, de 20 anos de idade, saia da sua residência na localidade do Cusse, que dista a 50 quilómetros do municipal de Caconda, para a casa de um dos parentes.
De acordo com o porta-voz do Comando Municipal da Polícia Nacional em Caconda, sub-inspector Manuel Ernesto, no percurso, o padrasto surpreendeu a sua inteada, tendo de seguida arrastado-a para um lugar onde praticou toda a acção.
” O Comando Municipal de Caconda tomou conhecimento de um caso de violação sexual com penetração, concorrido com homicídio por asfixia, onde foi vÍtima uma cidadã de 20 anos de idade, por sinal enteada do acusado”, disse.
Por outro lado, o porta-voz do Comando Municipal da Polícia Nacional em Caconda informou que as forças policiais tiveram conhecimento do sucedido mediante uma denúncia pública, o que permitiu a sua detenção na manhã seguinte ao dia dos factos.
“Depois de ter cometido o crime que vitimou mortalmente a enteada, o cidadão, de 43 anos de idade, abandonou o cadáver no local, tendo dirigido-se para a sua residência como se nada tivesse acontecido. Entretanto, fruto de uma denúncia pública, este cidadão foi detido para posteriormente ser encaminhado a um juiz de garantias”, explicou.
Acusado admite ter asfixiado enteada
Eduardo António Tchimuco, de 43 anos de idade, confessou, em enrrevista ao Jornal OPAÍS, ter morto a sua enteada por asfixia na localidade do Cusse, município de Caconda.
Questionado sobre as razões que o levaram a cometer o crime, em que foi vítima a sua enteada de 20 anos de idade, respondeu que estava fora de si quando tudo ocorreu, até na manhã seguinte.
O acusado que só se comunica na Língua local Umbundo, nega o crime de abuso sexual contra a sua enteada, no entanto admitir ter retirado as vestes da vítima, como forma de castigo.
“Eu matei a minha filha e não sei como aconteceu. A minha filha não me obedecia. Sempre que lhe mandasse alguma coisa, não cumpria. Eu não abusei sexualmente a minha filha, eu retirei-lhe as roupas sim, porque fui eu quem comprou as mesmas, por isso retirei dela”, assumiu.
O sub-inspector Manuel Ernesto informou que a nível do município de Caconda a situação da criminalidade está controlada, sobretudo aos casos de roubo e furto de gado bovino e caprino.
Ainda assim, revelou a nossa fonte, as autoridades policiais naquele município da província da Huíla estão preocupadas com a existência de casos de roubo e furto de motorizadas, com recurso a armas de fogo e brancas.