Os passageiros revelam que, com a abertura da rota Benguela/Windhoek, os custos baixaram consideravelmente, porquanto, anteriormente, obrigavam-se a deslocar-se à capital do país, Luanda, quando tivessem de sair para o estrangeiro.
Passageiros de províncias circunvizinhas, como Bié, Huambo, Cuanza-Sul, Huíla, para citar apenas estes, têm, agora, a vida mais facilitada e deixam de ter custos adicionais com hotéis, na capital do país, Luanda.
Desta feita, passageiros como Lersene Mota, parte dos 35 a bordo do vôo internacional inaugural, têm nessa nova rota uma mais-valia para Angola, por visar descongestionar Luanda. Numa primeira fase, a passageira diz que vai à Namíbia a passeio, mas não demora, a fim de que, de seguida, pegue na família para rumarem àquele país vizinho e passarem por lá “a quadra festiva”.
Rafael Cardoso, um outro passageiro, tem na materialização dessa viagem a via pela qual se vai colocar Benguela na rota do desenvolvimento, de sorte que tenha enaltecido o «esforço» empreendido pelo Governo Central e o trabalho árduo da Sociedade Gestora de Aeroportos.
A passageira Cláudia Toné vai à Namíbia para fugir um pouco da- quilo que qualifica de estresse vivido em Angola, fundamentalmente em Luanda, daí ter feito de tudo para embarcar no primeiro vôo internacional inaugural.
Wayne Bekker, de nacionalidade sul-africana, entusiasmou- se quando se apercebeu de que, da Catumbela, sairia um avião para Windhoek e, por isso, decidiu optar, terminada que estava a sua missão de negócio em Angola. “Estou feliz por ser um dos passageiros a bordo no avião para o primeiro vôo.
Vim a negócios”, justificou-se. O delegado da Fly Angola em Benguela projecta, para o dia 27, o segundo vôo inaugural, ao mesmo tempo que considerar ser um momento «histórico e ímpar» – este o de um avião da sua companhia levantar vôo em direcção à Namíbia a partir da Catumbela.
Ele revela que o avião, que leva duas horas de vôo até Windhoek, tem 35 pessoas – entre nacionais e sul-africanos -, 15 passageiros estão em trânsito, provenientes de províncias como Luanda e Huíla – para citar apenas estas.
“Temos passageiros que vieram da província da Huíla. Eles acharam muito mais cómodo viajar do Lubango até Benguela e apanharam o avião para Windhoek e realizar aquilo que são os seus projectos e também temos um passageiro sul-africano”, disse à imprensa, no aeroporto Paulo Teixeira Jorge.
O administrador para operações da Sociedade Gestora de Aeroportos, António Cristovão, reitera compromisso da sua instituição para com a manutenção regular do Aeroporto Paulo Teixeira Jorge, a fim de que a infra-estrutura, recentemente outorgada com o certificado internacional, não baixe de nível.
O responsável, que também fez o vôo inaugural, à boleia de uma aeronave da Fly Angola, salienta que estão, objectivamente, criadas as condições para as viagens, acreditando, pois, que a rota Benguela/ Windhoek seja bastante rentável. A convicção de António Cristóvão é sustentada com o nível de adesão ao primeiro vôo. “Vai agregar valores aos negócios não aeronáuticos.
Outrossim, esta rota vai fazer com que a questão do turismo, da empregabilidade, para as regiões circunvizinhas, seja um facto”, projecta, em declarações à imprensa, momentos logo após a chegada do avião a Benguela (Angola), saído de Windhoek (Namíbia).
POR:Constantino Eduardo, em Benguela