O voleibol nacional, outrora uma força no continente “Berço da Humanidade”, enfrenta actualmente uma crise de existência. A modalidade luta contra a escassez de clubes, atletas e infra-estruturas. Contudo, a Federação Angolana de Voleibol (FAVB) tem em carteira uma estratégia para o seu renascimento
Nos últimos anos, o voleibol no país tem enfrentado dificuldades que colocam em risco a sua continuidade e desenvolvimento. Essa modalidade, que já foi uma das paixões dos angolanos, vê-se reduzida a um número limitado de equipas seniores e à falta de investimento.
Actualmente, as principais equipas seniores que ainda competem no país são o Blue Volei Clube, Petro de Luanda, Grupo Desportivo Mente Activa, Escorpiões da Boa Fé do município de Viana e o Exército, todas localizadas na capital angolana, Luanda.
Nas outras províncias do país, destacam-se as formações do Inter do Namibe, Estrela do Palácio da Huíla, Sporting do Bié, Benfica do Lubango e 4 de Junho do Huambo que lutam para se manterem activas. Conforme apurou este jornal, um dos problemas que o voleibol nacional enfrenta é a falta de recursos financeiros.
Muitas equipas não conseguem patrocinadores e apoios logísticos para participar nas competições provinciais, quase inexistentes, e nacionais. O 1.º de Agosto, um dos clubes mais emblemáticos do país, foi forçado a suspender a movimentação do voleibol nas suas hostes devido às dificuldades financeiras que estava a atravessar. Isso foi um golpe duro no panorama desportivo nacional.
Além disso, as infra-estruturas são um ponto crítico. Pois, muitas instalações desportivas estão degradadas e não oferecem as condições necessárias para a prática do voleibol ao mais alto nível. Assim, a formação de novos talentos tem sido comprometida, sendo que, com menos clubes a competir, há menor incentivo para os jovens atletas se dedicarem à modalidade.
Em relação à notoriedade da modalidade no país, a situação é preocupante. Com poucas competições, o interesse da população pela modalidade tem diminuído significativamente. Vários atletas enfrentam desafios no dia a dia, pois muitos precisam conciliar as suas carreiras desportivas com empregos formais para garantir o sustento pessoal e familiar.
Entretanto, os responsáveis pela modalidade ouvidos por este jornal clamam por mudanças profundas. Destacaram que o apoio das autoridades governamentais é fundamental para se reverter essa situação e criar condições favoráveis para o crescimento do voleibol no país. Citaram que investir na formação de treinadores e na melhoria das infra-estruturas vai permitir que o voleibol retorne aos tempos de glória.
POR:Kiameso Pedro