O secretário-geral da Associação Provincial de Futebol de Luanda (APFL), Osvaldo Marcelino, em declarações ao jornal O PAÍS, mostrou-se agastado com os adiamentos do Campeonato Nacional.
Osvaldo Marcelino entende que o argumento usado pela entidade reitora da modalidade no país para justificar o adiamento da prova está desprovido de sustentação.
Para o dirigente, a actual direcção da Federação Angolana de Futebol (FAF), sob a alçada de Artur Almeida e Silva, não está a ser transparente, acrescentando que “há mesmo coisas por trás deste adiamento”.
“Usar o atraso no processo de licenciamento de clubes como justificativa para adiar a prova não tem cabimento.
Há coisas que estão a ser escondidas. Entretanto, penso que a federação deve se preocupar com o rolar da bola”, rematou o dirigente.
Osvaldo Marcelino disse não ter dúvidas de que o defeso, que perdura há mais de cem dias, vai beliscar, em grande medida, a prestação dos embaixadores angolanos nas Afrotaças, em particular, do Petro de Luanda, de Alexandre Santos.
Referiu, por outro lado, que este adiamento tem vindo a comprometer a estrutura financeira dos clubes, porque têm feito despesas desnecessárias. Sem papas na língua, sublinhou que esta paragem fez com que muitas formações ficassem com os cofres vazios. “Muitos clubes já não têm condições de participar no campeonato.
É lamentável. Este defeso, o maior de todos os tempos, já leva mais de cento e cinquenta dias. Estamos mesmo agastados, pois a paragem tem vindo a atrapalhar a programação das equipas.
Muitos clubes têm vindo a gastar dinheiro em vão. Na verdade, o desporto angolano é que sai a perder”, atirou Osvaldo Marcelino.