Falecido no dia 29 de Dezembro de 2022 devido a “falência múltipla dos órgãos”, aos 82 anos, no hospital Albert Einstein, em São Paulo (Brasil) o brasileiro Edson Arantes do Nascimento, que o Mundo inteiro eternizou como Pelé, repousa, desde ontem a tarde, no cemitério mais perto do céu que existe à face da Terra: o Memorial Necrópole Ecuménica, um edifício de 14 andares, com capacidade para 14 mil cadáveres, que desde 1991 figura no Livro dos Recordes do Guiness por ser o mais alto à face do planeta.
O ‘Rei Pelé’, único futebolista tricampeão mundial – na Suécia-1958, Chile-1962 e México-1970 levou o ‘escrete canarinho’ à glória, ícone imortal e embaixador global pioneiro do futebol e do Santos, clube que celebrizou e cuja camisola defendeu 18 anos a fio (de 1956 a 1974), antes da aventura no Cosmos de Nova Iorque e nos EUA, entre 1975 e 1977 – onde teve como companheiro de equipa o alemão Franz Beckenbauer, a quem chamava “o meu irmão branco”, além de ter jogado com os portugueses Seninho e Costa – já repousa num lóculo com vista para a Vila Belmiro, o estádio do ‘peixe’ (Santos).
Há 20 anos (2002), Pelé comprou todo o nono dos 14 andares do cemitério vertical, mas a família e os gestores da estrutura conseguiram que ficasse, para a eternidade, no primeiro andar do complexo situado no número 50 da avenida Nilo Peçanha, pela chance de aí poder ser feito um mausoléu, aberto ao público, e todos, mesmo que se dentro de muitos anos, aí poderem ir prestar os seus respeitos a um desportista de eleição que revolucionou a forma como o futebol era encarado e o elevou a pura arte.
Pelé ficou sepultado ao lado do pai, ‘Dondinho’ (falecido em 1996) e do irmão ‘Zoca’, desaparecido em 2020. E no trajecto do cortejo fúnebre do hospital para o velório, no Estádio Vila Belmiro.