Após o anúncio de que os clubes que há cinco anos viram cessado o apoio da Sonangol, estes voltarão, ainda este ano, a beneficiar do mesmo, o comentador para o futebol, Paulo Tomás, disse, a este jornal, que é uma boa nova para o desporto-rei.
Paulo Tomás acrescentou que com esta medida vai se encontrar alguma verdade desportiva em todas as competições sob a égide da Federação Angolana de Futebol (FAF).
“A distribuição das verbas deve ser equitativa, porque a Sonangol é de todos nós, embora tenha o seu clube preferido “Petro de Luanda”.
É preciso saber que a mão que dá é a mesma que pede, ou seja, a prestação de contas deve ser feita de forma regular”, aconselhou.
O presidente da Académica do Lobito, Luís Borges, espera que os apoios venham a se efectivar o mais depressa possível, em virtude das despesas do Campeonato Nacional de futebol da primeira divisão, Girabola. “Estamos a aguardar pela efectivação das orientações. Não fomos notificados pelo Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.
Mas estamos satisfeitos”, disse Luís Borges.
Em conferência de imprensa realizada, ontem, na cidade do Lubango, província da Huíla, o coordenador das associações dos clubes beneficiários do patrocínio da Concessionária Nacional de Combustíveis e presidente do Benfica do Lubango, Jacques da Conceição, avançou o regresso do apoio.
Jaques da Conceição fez saber que houve um hiato em relação aos patrocínios, que já se vive desde 2018, altura em que alguns clubes receberam a última prestação, embora outros dois que ainda hoje militam na primeira divisão, nomeadamente o Sporting de Cabinda e a Académica do Lobito tivessem recebido ajuda até 2019.
O dirigente acrescentou que as subsidiárias e o órgão que zelava pelos clubes patrocinados pela Sonangol, a Área de Cooperação Social, na altura não tivessem justificado a razão da cessação.
Destacou que os clubes patrocinados pela Sonangol, a 18 de Agosto de 2021 dirigiram uma carta à Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANPG) para pedir um esclarecimento sobre o que o que se estava a passar, mas até 18 de Outubro de 2022 não tiveram resposta sobre o assunto.
Em função disso, sublinhou, por falta de uma resposta acabaram por solicitar uma audiência ao ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Pedro de Azevedo, e foram bem sucedidos, tendo o governante orientado a ANPG a contratar uma empresa de contabilidade para ajudar a analisar os relatórios dos clubes e promover um ajuste nas contas.
Findo esse processo, segundo o também porta-voz do grupo, o reinício dos patrocínios foi orientado que retomasse em Novembro de 2022, mas ainda não foi implantado, alegadamente devido às férias da quadra festiva.
Jacques da Conceição afirmou que os clubes aguardam ansiosos pela efectivação da orientação do ministro, que deve acontecer ainda neste trimestre e poderem dar respostas aos seus desafios Sport Lubango e Benfica, Sporting do Bié, Atlético do Namibe, Académica do Lobito, Sporting de Cabinda e Académica do Soyo, este último que deixou de existir, são os clubes que recebiam patrocínio da Sonangol.