A falta de dinheiro continua a condicionar o retorno do Petro Atlético do Huambo às competições nacionais, apesar das constantes solicitações das organizações desportivas, sócios e adeptos do clube, fundado há 43 anos.
Trata-se do regresso ao Campeonato Nacional de futebol da I divisão (Girabola) e da Taça de Angola, duas provas futebolísticas do país, em que a agremiação desportiva deixou de participar em 2008, altura que desceu de divisão.
A ausência dos “alvi-negros” nas duas provas nacionais, que se arrasta há 14 anos, está a preocupar a Federação Angolana de Futebol (FAF), a Associação provincial da modalidade (APF), a massa associativa e adeptos do clube, que querem vê-lo a competir ao mais alto nível pelo histórico que ostenta, como a terceira equipa da província com mais participações nas referidas competições.
Ao confirmar à ANGOP o facto, o vice-presidente para área Desportiva do Petro do Huambo, Aurélio Cayumbuca, disse serem vários os convites e as solicitações que o clube tem recebido para voltar a disputar o Girabola e a Taça de Angola, porém a falta de dinheiro tem afastado essa possibilidade.
Segundo o responsável, a direcção da agremiação tem vontade de responder a esse desejo e voltar a pôr a equipa principal de futebol num alto patamar, mas, infelizmente, continua sem recursos para o efeito.
“Nós podemos participar, sem qualquer constrangimento, pois temos vontade e atletas à altura para o efeito, mas o grande problema consiste na falta de dinheiro, por se tratar de provas com muitos encargos, desde o pagamento de salários dos atletas e equipa técnica, de prémios de jogo, deslocações, entre outras despesas”, explicou.
Esclareceu que o clube perdeu, há anos, o seu patrocinador oficial por conta de alguns problemas internos que estava a atravessar, situação que tem tornado cada vez mais difícil a realidade financeira da agremiação, na perspectiva da concretização dos vários projectos traçados.
Sem precisar o montante necessário, referiu que o clube vive de “arrastos” e para se reerguer, ao nível competitivo e organizativo que ostentava no passado, carece de um patrocinador oficial, para permitir a execução dos projectos definidos pela direcção, com realce para a reabilitação do património do clube a construção de um campo de futebol.
Aurélio Cayumbuca, que receia por um possível desaparecimento do Petro do Huambo e de outros clubes da província, que se encontram na mesma condição, defendeu a intervenção do governo para contrapor esta realidade, com foco no desenvolvimento do futebol no país.