Após o coordenador da Associação de Árbitros de Futebol de Angola (AAFA), Manuel da Rosa, afirmar, em con- ferência de imprensa, que a actual direcção da Associação está ile- gal, o vice-presidente da AAFA, Paulo Talaia, desmente a acusação
O vice-presidente da Associação de Árbitros de Futebol de Angola (AAFA), Paulo Talaia, em declarações ao jornal O PAÍS, exigiu que o senhor Manuel da Rosa apresente documentos que provem que a direcção da associação esteja ilegal.
Paulo Talaia explicou que o seu elenco tem a acta da realização das eleições realizadas em 2020, tendo assegurado que a acta foi entregue ao Ministério da Juventude e Desportos (MINJUD). Para sustentar a sua explicação, o antigo árbitro revelou que até ao momento ninguém apresentou recurso para impugnar os resultados das eleições.
Paulo Talaia garantiu que a direcção da AAFA não está de “costas viradas” com os filiados, porque há um grupo na rede social “Whatsapp” em que a interação tem sido uma constante.
“Durante o período 2013/2016, o senhor Manuel da Rosa foi presidente da Associação de Árbitros de Futebol de Angola, mas não conseguiu apresentar as contas dos valores que recebeu.
Aliás, nem sede social deixou para os homens do apito”, justificou. Por essa razão, Paulo Talaia revelou que recentemente teve um encontro com a secretária de Estado para os Desportos, no sentido de a direcção da AAFA conseguir uma sede social.
“Em breve, teremos uma sede, porque há dois locais identificados e veremos qual será melhor para nós”, prometeu.
O responsável realçou que o mais importante, neste momento, para a associação é defender os árbitros, porque o órgão que dirige não quer trabalhar somente por dinheiro como é a intenção dos outros.
Acusação
O antigo presidente do organismo (2013/2016), Manuel da Rosa, acusou a actual direcção da AAFA, em conferência de imprensa, de ter agido à margem da lei ao ignorar a decisão de uma lista de consenso e auto-proclamar-se vencedora do pleito eleitoral em 2020.
Por sua vez, o então presidente da comissão eleitoral, Omar Ndavoka, atribuiu legitimidade ao actual elenco vigente.
Segundo ele, as acusações de ilegalidade são infundadas, uma vez que o acto que consagrou Orlando Pimenta como presidente da associação contou com a participação dos filiados, com a supervisão do Ministério da Juventude e Desportos e da Federação.