Depois do CAN do Egipto em 2019, Angola regressa à maior festa do desporto-rei em solo ivoirense, numa campanha em que os resultados convenceram poucos adeptos. No grupo E, o Ghana foi o vencedor com 12 pontos, ao passo que os Palancas Negras ocuparam a segunda posição com nove. A RCA e o Madagáscar não se qualificaram
A Selecção Nacional de futebol qualificouse ontem para o CAN, que a Côte d’Ivoire vai acolher no próximo ano, com um resultado seco no grupo E.
No Estádio da Tundavala, na cidade do Lubango, província da Huíla, Angola empatou sem golos com o Madagáscar.
Uma campanha que valeu mais pelo regresso à maior festa do desporto-rei nas terras de Drogba, Salomon Kalou, Gervinho, Yaya Toure e outros do que pela exibição.
Em campo, os Palancas Negras, com um futebol sem sal, foram incapazes de surpreender os barea, nome oficial da selecção malgaxe.
Ainda assim, há motivos para festejar, mas é ponto assente que o técnico Pedro Gonçalves deve trabalhar muito para fazer uma melhor figura em solo ivoirense.
Não se via fio de jogo no seio dos Palancas Negras, pois o médio Zito Luvumbo foi mais ousado com corridas na ala esquerda para tentar bater o guarda redes Theodin Roger Ramanjary.
Na insistência, a Selecção Nacional tentou desdobrar-se no meio campo, mas as jogadas não funcionavam como se pretendia. Antes do árbitro mandar todo o mundo para os balneários, o avançado Gleson Dala, numa jogada combinada, num remate colocado, mandou a bola beijar o ferro.
No reatamento da partida, o técnico Pedro Gonçalves operou algumas mexidas na sua equipa para chegar ao golo. Ainda assim, de balde, pois o adversário estava mais atento e com a saída de Zito Luvumbo, os barias subiram no terreno de jogo.
Depois de alguns minutos, no meio campo, Gilberto entrou para o lugar de Milson, para dar mais oxigénio ao jogo de Angola.
A opção de Pedro Gonçalves não foi a mais acertada, visto que as jogadas ofensivas não chegavam até ao avançado Gelson Dala.
Apesar das substituições, o cansaço consumia a equipa angolana e, como era evidente, os malgaxes tiravam partido.
Aliás, em conferência de imprensa, antes de escalarem Luanda, a equipa técnica disse que estão aquém da qualificação, mas não gostariam de sair derrotados da cidade do Lubango.
Ao não acontecer, o timoneiro malgaxe, Rôrô Rakotondrabe, chegará ao seu país com o sentimento do dever cumprido, ao empatar sem golos com os Palancas Negras.