O director técnico da Federação Angolana de Futebol (FAF), José Neves, não concorda com a ideia de que Angola esteja na lista negra da Confederação Africana de Futebol (CAF) no âmbito das inspeções aos estádios
Em declarações a este jornal, o dirigente entende que não faz sentido que se olhe para este lado, tendo sublinhado que o problema não está relacionado com o órgão reitor da modalidade no continente africano, nem sequer com a Federação Angolana de Futebol (FAF).
José Neves fez questão de sublinhar que o problema é interno e «tem muito a ver com a má gestão dos recintos desportivos».
Referiu, por outro lado, que o Estádio 11 de Novembro tem vindo a ser sucessivamente interditado pela CAF, porque os gestores não têm sido transparentes no exercício das suas actividades.
José Neves revelou que os gestores não têm feito o uso adequado das verbas cabimentadas pelo Ministério da Juventude e Desportos (MINJUD).
Explicou que os responsáveis não têm injetado na sua totalidade as verbas na manutenção dos recintos, considerando que tal prática advém da falta de profissionalismo.
“Não somos profissionais. Nem sequer gostamos. Deixam as coisas acontecerem de propósito com objectivo de conseguirem vantagem financeira”, começou por dizer.
Entretanto, José Neves espera que os gestores mudem de atitude para que o desporto nacional possa alcançar a qualidade.
“Não estamos na lista negra da CAF. Não posso concordar com essa afirmação. Temos infraestruturas recentes e que não são cuidadas.
O problema é interno. Os nossos gestores não têm sido cuidadosos com os estádios. A CAF não tem de vir cá resolver os nossos problemas.
Temos de olhar para essa situação com muita seriedade, caso contrário, dificilmente alcançaremos a qualidade”, rematou José Neves.