Opresidente da Académica do Lobito, Luís Borges, fez questão de assinalar a este jornal que o adiamento do início do Campeonato Nacional de futebol da primeira divisão, Girabola, terá reduzido, em grande medida, os níveis competitivos e anímicos dos jogadores.
Sublinhou que tal situação ficou mesmo evidente no último desafio diante do Al-Merreikh do Sudão, que contou para a primeira mão da penúltima eliminatória de acesso à fase de grupos da Taça Nelson Mandela.
Luís Borges mostrou-se insatisfeito com a falta de jogos por conta da suspensão temporária da prova rainha do futebol nacional, em virtude do escândalo de corrupção de que a sua formação foi uma das visadas.
Apesar disso, disse estar optimista no apuramento para a última eliminatória da segunda prova mais importante da Confederação Africana de Futebol (CAF) a nível de clubes.
Salientou que a equipa técnica, liderada por Agostinho Tramagal, tem vindo a trabalhar sem mãos a medir na componente anímica, porque o castigo imposto pela federação terá deixado os jogadores «para baixo».
“Observámos uma baixa no ritmo competitivo. Foi notório no primeiro duelo que tivemos diante dos sudaneses.
Ainda assim, estamos confiantes no apuramento”, começou por dizer. Instado sobre se a vertente financeira terá sido afectada em virtude da paralisação da competição, Luís Borges referiu-se nos seguintes termos: “Claramente que fomos afectados.
Mas não faremos nada para indemnizar a federação, porque continua com os hábitos do passado. Por outro lado, não pode ser apenas a Académica a correr atrás.
A verdade é que os clubes precisam de se unir. Se fossemos unidos, o nosso futebol já estaria em outro patamar”, disse Luís Borges.