Além das referidas importantes figuras da literatura e do nacionalismo africano, a organização do evento homenageou também o escritor angolano e porta-voz da bienal, Nituecheni Africano, atribuindo-lhe o título de melhor jovem promissor da literatura africana, e também o distinguiu como embaixador da bienal do livro do Rio de Janeiro, que acontece já em Julho de 2025, no Brasil.
Regozijado pelo reconhecimento e distinção, Nituecheni manifestou gratidão e reiterou continuar a trabalhar em prol da promoção e divulgação da literatura africana, especialmente angolana, assumindo desafios que visam enaltecer os feitos da literatura um pouco por todo o canto do mundo.
“Para mim, uma booktuber de alcance pequeno, foi muito importante poder ser visto por um público tão amplo.
Foi incrível que o evento se tenha reinventado nesse tempo e tenha nos proporcionado essa experiência virtual. Mal posso esperar pela próxima edição que vai acontecer em Novembro de 2025, em Luanda, no formato presencial”, expressou o escritor.
Encerrou ontem a primeira edição da Bienal Internacional do livro África-Angola 2024, realizada em formato virtual, a partir da cidade do Huambo, em que a organização faz um balanço positivo, considerando que o evento foi um sucesso, e que terá superado as expectativas.
De acordo com a organização, o evento teve mais de 1,128 milhões de visualizações, com adesão do público de vários países e 79% dos participantes acessaram à plataforma por celular.
Sendo o primeiro e maior evento literário do continente a ser realizado exclusivamente em formato virtual, a Bienal contou com participantes de 80 países, de África, Europa Ocidental, Américas do Sul e Central e Ásia, com mais 190 horas de programação, 100 expositores, 258 autores nacionais e internacionais e 78 reuniões de negócios com compradores internacionais de livrarias digitais por todo mundo realizada pela Universidade Estadual do Brasil (UEB).
O porta-voz da bienal, Nituecheni Africano, disse que a primeira edição da Bienal atraiu participantes de diversos países, como Estados Unidos, Portugal, França, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Japão, Argentina e Bolívia, Uganda, Senegal, Sudão do Sul, Cabo Verde, Guiné Bissau, Zimbabwe, África do Sul, entre outros.
O evento, que decorreu sob lema “Conectando Pessoas e Livros e uma África Unida e sem Guerra”, registou número recorde de participantes às mesas de debates e teve mais de 1,128 milhão de visualizações.
“Esse foi um evento sem precedentes. Pela primeira vez, reunimos pessoas de toda Africa fazedores de cultura também de diversos países do mundo nessa grande festa que é a Bienal.
Tivemos recordes de acesso aos debates”, afirmou Victor Tavares, presidente e técnico de controlo da bienal do livro a partir do Brasil, através de uma nota a que este jornal teve acesso.
Durante os oito dias de evento, sublinha a organização, além dos acessos para assistir às palestras, o público também acedeu à plataforma para comprar livros, visitar estandes de livrarias e editoras, e profissionais do mercado editorial puderam fazer negócios e gerar intercâmbio entre si.
Ressaltou que a próxima edição será ainda “mais especial e espectacular”, por estar enquadrada nas festividades dos 50 anos de Independência de Angola.