O Governo Provincial de Luanda (GPL) convocou ontem Carlos Soweto, um dos responsáveis pelo circuito de motocross, na Gamek, Avenida Pedro de Castro Van-Dúnem Loy, para uma reunião de emergência, segundo fontes do Palácio da Mutamba.
POR: Sebastião Félix
O espaço onde desfilam os artistas dos motores está em litígio, razão pela qual o presidente da Associação Provincial de Motocross de Luanda levou consigo os documentos que provam a titularidade do mesmo. A administradora do Talatona, Maria Manuela Bezerra, de acordo com a fonte do Palácio da Mutamba, também foi chamada para apresentar a sua versão.
No dia 12 do corrente mês, a responsável tornou público um ofício com o número 0186, ordenando a remoção de todos os meios existentes naquela parcela de terreno dentro de oito dias. No documento, o terreno pertence a um outro titular que legalizou em 2017, mas Carlos Soweto disse a este jornal na edição no 1052 de Quinta-feira, 15 de Março, que o terreno tem documentos e que não pertence ao senhor Mawete João Baptista. “O senhor Mawete João Baptista não pode dizer que o espaço é seu. Temos documentos.
Conseguimos o circuito em 1999. Vamos provar isso publicamente com documentos”, afirmou Carlos Soweto. O terreno, em discussão, era uma lixeira e substituiu o circuito Ayrton Senna, no Rocha, no local onde é hoje o Nosso Centro. O espaço já está cadastrado pelo Instituto de Planeamento e Gestão Urbana de Luanda (IPGUL) desde 1999, ano em que decorreu a tramitação, segundo o responsável da associação provincial.
Por esta razão, os pilotos e os amantes da modalidade em Luanda, e um pouco por todo o país, querem manifestar-se para reivindicar o espaço, segundo a fonte do GPL. motoqueiros vão nos próximos dias reunirse para analisar a situação, pois são de opinião que a impunidade no país tem que acabar. Os pilotos alegam que alguém quer apoderar-se, à força, do espaço, mas a associação vai provar a verdade material dos factos.