Depois de vários pontos divergentes em relação às paragens e falta de rodagem competitiva do Girabola, dirigentes e adeptos querem uma prova mais competitiva na segunda volta
O Girabola 2023/2024, prova que rasgou pela primeira vez os relvados do país em 1979 do século passado, coroando o 1º de Agosto campeão nacional, teve uma primeira volta atípica por conta de várias situações.
O arranque atrasado da prova devido ao escândalo de corrupção no futebol, envolvendo treinadores, dirigentes e equipas, acabou por alterar a programação dos clubes inscritos.
Em sede do sorteio da prova, em Agosto do ano passado, há uma semana do arranque, o Conselho Jurisdicional da Federação Angolana de Futebol (FAF) voltou a adiar o certame por causa das sanções que tinham sido aplicadas aos implicados no processo de corrupção.
Em Outubro de 2023, a prova saiu do papel para os campos, apanhando os clubes em contra mão técnica e administrativamente, porque a programação havia sofrido muitas mudanças e custos financeiros acima do previsto.
Ainda assim, as equipas começaram a prova sem o ritmo que se pretendia, porque o defeso foi o mais longo desde que a festa do desporto-rei no país se deu a conhecer aos seus amantes.
No CAN que a Côte d’Ivoire acolheu em Janeiro passado, a presença da Selecção Nacional no palco da competição obrigou o Conselho Técnico da FAF a ter mais uma paragem.
Em sede desses factos, dirigentes e adeptos de vários clubes deram o sim e o não à direcção do órgão que rege a modalidade no país, mas prevaleceu o adiamento em detrimento de se jogar com as peças que havia nos clubes.
Após o CAN das terras de Drogba, Salomon Kalou, Gervinho, Max Gradel e outros, os sucessos adiamentos de jogos do Girabola em razão dos embaixadores angolanos nas Afrotaças também terão retirado a qualidade que a prova oferece.
No arranque do segundo turno do Girabola 2023/2024, previsto para o dia 27 do corrente mês, a FAF quer menos jogos adiados, visto que na sua agenda está as eliminatórias do CAN 2025 em Marrocos.
Fala-se que só haverá adiamento quando a razão ou motivo for delicado, porém a pergunta que alguns dirigentes colocam é a seguinte: será que a FAF agendou a segunda volta do Girabola a pensar na corrida ao CAN ou somente naquilo que é a competitividade?