E m declarações a este jornal, a presidente da Federação Angolana de Ginástica (FAF), Mirian Valentim, fez questão de assinalar que o desenvolvimento da modalidade está condicionado pela falta de infraestruturas adequadas.
Mirian Valentim referiu que a ginástica é frequentemente praticada em pavilhões destinados a outras modalidades, como basquetebol, andebol e hóquei em patins. Exemplo disso é o Pavilhão da Cidadela Desportiva, na capital do país, que, embora ofereça espaço para a prática, não atende às necessidades específicas da ginástica.
“Isso não é suficiente para nós. Estamos a lutar para termos um espaço exclusivo para a ginástica”, começou por dizer. A dirigente destacou também que o seu pelouro tem vindo a colaborar com o Ministério da Juventude e Desportos (MINJUD) para definir estratégias que possam impulsionar o desenvolvimento da ginástica nas demais regiões do país.
Contudo, Mirian Valentim preferiu não entrar em detalhes sobre as iniciativas em andamento. “Estamos em conversação com o ministério. Neste momento, não podemos dar detalhes, mas dentro de pouco tempo, vamos nos pronunciar”, prosseguiu.
Apontou ainda que há províncias onde a prática da modalidade não existe, o que gera insatisfação entre os dirigentes e praticantes da modalidade. “Na verdade, temos províncias como Bengo, Icolo e Bengo, Lunda Norte, Moxico Leste e Cuando Cubango onde a ginástica não se faz ouvir”, lamentou.
Por outro lado, disse, algumas províncias têm se destacado na prática da ginástica, designadamente Luanda, Benguela, Namibe, Lunda-Sul, Huambo, Huíla, Cabinda e Cuanza-Sul. No entanto, Mirian Valentim sublinhou que “queremos mudar esse quadro e levar a ginástica até àquelas províncias que ainda não têm acesso”, assinalou.
Noutra vertente, mencionou que a reactivação da ginástica nas províncias do Bié, Zaire, Moxico, Uíge e Malanje constitui uma prioridade do seu elenco. Mirian Valentim não deixou de assinalar que existem províncias que carecem de um impulso, como Cuanza-Norte e Cunene.
POR: Kiameso Pedro