O jurista e comentador para o futebol, George Falcão, disse que o Conselho de Disciplina da Federação Angolana da modalidade é competente para o tratamento da causa, assim que foram trazidas a público os factos e consequente nexo com o Direito, regras estatutárias, FIFA, CAF e a própria FAF.
“Todavia, uma das questões que mais suscita polémica é o facto de ter havido sorteio, marcadas datas e internamente não ter ocorrido comunicação suficiente para evitar que os clubes citados, Petro, Kabuscorp e Académica não fossem parte do sorteio, por exemplo”, sublinhou.
Para George Falcão, a federação possui órgãos que detêm alguma autonomia e isso pode significar a inexistência de quaisquer tipos de inibição para a prática de certos actos.
“O Conselho de Disciplina tem uma actividade complexa e obedece prazos para os realizar. Portanto, importante mesmo é, se calhar, não terem sido violadas regras.
Há, no meu entender, actos de corrupção, a questão talvez esteja ligada ao rigor das sanções, porém, também fico com a percepção de alguma inconclusão, foram deixados sem castigo alguns citados e quanto ao Petro a ideia com que fico é de não haver provas bastantes com relação à perturbação da busca da verdade”, explicou.
George Falcão afirmou que cabe recurso da decisão e essa ferramenta pode alterar de modo significativo o curso do processo.
“Entretanto, sublinho, há matéria suficiente para sancionar alguns desses actores e muitos outros que saíram ilesos”, explicou.