Os comentadores, treinadores e antigos praticantes expressaram o seu descontentamento com o facto de a selecção angolana não ter conseguido a qualificação para os Jogos Olímpicos de Paris.
Foram unânimes em dizer que a quarta tentativa falhada para o evento, após os torneios pré-olímpicos de 2012, na Venezuela, e 2016, na Sérvia, representa um momento conturbado do basquetebol angolano.
Consideraram importante maior investimento nas camadas de formação para que a selecção possa ter um conjunto forte no futuro. Além disso, sublinharam que o cinco nacional reúne condições necessárias para conquistar o Campeonato Africano das Nações, vulgo Afrobasket, que terá lugar na província de Luanda e Benguela, no próximo ano.
Consideraram que o “factor casa” terá o seu peso, mas referiram que os atletas não devem se apegar a este ponto, visto que os adversários têm vindo a evoluir em vários domínios. No entanto, não deixaram de apontar que «uma boa organização e preparação» serão fundamentais para o sucesso do cinco nacional na competição.
No histórico de participações dos torneios pré-olímpicos, na última edição para os Jogos Olímpicos de Tóquio’2020, o “cinco” nacional falhou a qualificação ao perder com a campeã europeia Eslovénia, por 68-118, na segunda jornada do Grupo B, disputada em Kaunas, Lituânia.
O combinado nacional disputou pela última vez os Jogos Olímpicos na edição de 2008, na cidade chinesa de Pequim, onde foi a 12.ª classificada. Além de falhar a edição de Paris’2014, também esteve ausente em Londres’2012, Rio’2016 e Tóquio’2020.
Júlio Pinto: “Não conseguimos o apuramento, mas acredito na conquista do Afrobasket”
Apesar do falhanço para os Jogos Olímpicos de Paris, o comentador Júlio Pinto “Viló” considerou que o torneio foi proveitoso na medida em que abriu uma janela de esperança para a constituição de uma selecção forte visando a disputa do Afrobasket no próximo ano.
O analista elogiou o empenho dos atletas no confronto com a Espanha, por terem apontado oitenta pontos. No entanto, Júlio Pinto realçou que o Líbano teve vantagem sobre os hendecacampeões africanos por ter beneficiado de um dia de descanso. “O Líbano teve maior tempo de descanso do que a nossa selecção.
O jogo com a Espanha foi bastante positivo. Temos condições para vencer a competição. Mas é necessário nos preparar- mos melhor, visto que os adversários têm qualidade”, disse Júlio Pinto Viló.