O presidente e fundador da Escola de Futebol Real Sambila, Adão Costa, defendeu uma maior aposta nos escalões de base para o caminho rumo à sustentabilidade das selecções nacionais.
No entanto, o responsável apontou a este jornal que deve haver apoio financeiro por parte de instituições públicas e privadas nas camadas de formação, a fim de se estabelecerem os fundamentos da modalidade.
“O governo também deve fazer o seu trabalho, prestando apoio financeiro às escolas de formação, pois são determinantes para o sucesso de qualquer equipa.
Ou seja, a formação é a base para a sustentabilidade das equipas de seniores”, assinalou. Questionado sobre a realidade do clube que dirige, Adão Costa fez questão de esclarecer que o seu elenco tem vindo a enfrentar grandes dificuldades em manter suas actividades devido à falta de recursos financeiros.
Além disso, sublinhou que o seu pelouro nem sempre consegue satisfazer as necessidades fisiológicas dos atletas, situação que lhe tem tirado o sono faz tempo.
Adão Costa assinalou que tem sustentado o clube com o seu próprio dinheiro, tendo justificado que nunca conseguiu patrocínios para consolidar o seu projecto de futebol. Ainda assim, o antigo vicepresidente para as selecções da Federação Angolana de Futebol (FAF) mostrou-se optimista e acredita que dias melhores virão no seu reduto.
Entretanto, o também empresário e agente desportivo alertou que, caso a situação se mantenha, o clube Sambila poderá fechar as portas.
Apesar das dificuldades, Adão Costa admitiu que o seu clube tem dado um contributo digno de registo no desenvolvimento da modalidade em Angola e, particularmente, nas selecções nacionais.
Salientou que o seu “staff” lançou jogadores que têm vindo a dar cartas em solo angolano e no estrangeiro, tais como Gilberto “Gibelé”, Megue (Petro de Luanda), Vá (Lillestrøm da Noruega), Chico Banza (Anorthosis do Chipre) e Milson (Maccabi Tel Aviv de Israel).
“Tem sido um sacrifício tirar jovens das ruas, das drogas e dos maus vícios para os levar à prática do futebol. Felizmente, temos tido resultados.
Nunca tivemos apoios. Na verdade, Deus tem sido o nosso orientador. Com o pouco, fazemos maravilhas. Lançamos atletas que têm dado o seu melhor no nosso país e no exterior.
Repare que a Selecção Nacional já teve 30% de jogadores formados no Real Sambila FC”, disse Adão Costa.
Por: Kiameso Pedro