O Ministério da Juventude e Desportos (MINJUD) revela ter entregado à Federação Angolana de Futebol (FAF) um milhão e 600 mil dólares, mas o órgão da modalidade revela que recebeu apenas 28 por cento do orçamento para o CAN 2023, prova que termina domingo na Côte d’Ivoire.
Fonte federativa ligada ao processo garantiu ao jornal OPAÍS que, quando decorria a fase de qualificação para o Campeonato Africano das Nações (CAN) 2023, foi celebrado um protocolo entre a FAF e o Ministério. A ministra era Ana Paula Sacramento Neto.
A mesma fonte referiu que o protocolo era para garantir apoio à qualificação de Angola ao Africano, mas a verdade é que aqui houve, sim, dinheiro da ENDIAMA, da Sonangol e da SODIAM.
“Agora, para apoiar a Selecção Nacional na prova, não recebemos dinheiro da ENDIAMA e da Sonangol. Se realmente deram dinheiro como está aí a circular é só pedir comprovativos”, desafiou.
Quanto ao orçamento de um milhão e 600 mil dólares para o CAN, a fonte confirmou que a Federação recebeu do MINJUD apenas 28 por cento, no dia 18 de Janeiro deste ano.
“Se não querem aprovar, enão não aborrecem as pessoas, porque neste momento a FAF já está a preparar a Data FIFA de Março, tendo em vista a dupla jornada classificativa para o Mundial agendada para Junho”, avançou.
Na senda deste assunto, o director do Gabinete de Tecnologias de Informação, Comunicação e Imprensa do MINJUD, Pedro Bambi, em poucas palavras, garantiu ao jornal OPAÍS que a FAF recebeu dinheiro do Ministério para apoiar os Palancas Negras no CAN, prova onde Angola chegou aos quartos-de-final. Na sequência, este jornal contactou a Sonangol e a ENDIAMA, mas não teve sucesso.