A dualidade de critérios da Federação Angolana de Futebol (FAF), quanto aos adiamentos do Campeonato Nacional nos últimos dias, deixou atónitos dirigentes e adeptos em relação à nova data do arranque da maior festa do desporto-rei no país, final do mês, segundo o Conselho Técnico
Os créditos da Federação Angolana de Futebol (FAF), aos olhos de dirigentes e amantes do desporto-rei no país, estão em queda livre por força dos constantes adiamentos do Girabola 2023/2024.
Após a realização do sorteio, no dia 03 de Setembro passado, a prova arrancaria no dia 15 do correspondente mês, mas devido ao escândalo de corrupção no futebol que envolvia o Petro de Luanda, Kabuscorp do Palanca e a Académica do Lobito, o Conselho Técnico da FAF adiou, “sine die”, a festa do desporto-rei. Volvido esse período, depois do Conselho de Disciplina e o Jurisdicional do órgão que rege a modalidade no país terem feito o seu trabalho, “livrando” os três visa- dos das medidas pesadas no primeiro “cartório”, a prova arrancaria no dia 13 do corrente mês.
À época, a informação da FAF alegrou os amantes do desporto- rei no país, mas, esta semana, o Conselho Técnico, na pessoa do seu presidente, José Neves, voltou a confirmar que o campeonato nacional não começa hoje. As declarações do responsável do órgão presidido por Artur Almeida não caíram da melhor for- ma à comunidade do futebol nacional, sendo certo que começam a pensar na história da carochinha.
Em sede do segundo adiamento, José Neves justificou à imprensa que alguns clubes não têm condições financeiras para assumirem as despesas inerentes à arbitragem, o licenciamento, bem como aferir a qualidade dos estádios de futebol. Uma vez mais, a prova nacional de futebol foi impelida para o final do mês e, pelas voltas que a FAF vai dando, dirigentes, adeptos e amantes da modalidade deixaram de acreditar.
Por- tanto, preferem ficar pelo adágio popular “São Tomé”. Assim, perante tais reboliços, a planificação dos clubes dentro e fora de campo vai sofrendo alterações significativas todos os dias, além de que as associações provinciais continuam num silêncio tumular. Com poucos recursos para o arranque do certame, os clubes do meio da tabela correm o risco de desistirem, uma vez que a onda de adiamentos altera o curso financeiro das respectivas direcções.
A falta de ritmo competitivo para as equipas que vão disputar a fase de grupos da Liga dos Clubes Campeões Africanos e a Taça da Confederação também está em causa. Nas duas competições, os embaixadores angolanos cruzam com adversários do Norte de África, muito fortes nos bastidores e em campo, e, à luz da presente temporada, já jogam faz tempo. O que faz com que os dirigentes de clubes batam na FAF.