A continuidade de Pedro Gonçalves no comando técnico dos Palancas Negras será abordada, nos próximos dias, em conferência de imprensa, de acordo com uma fonte da Federação Angolana de Futebol (FAF)
A entidade reitora da modalidade no país desmentiu, ontem, as informações postas a circular nas redes sociais segundo as quais Pedro Gonçalves terá ‘abandonado’ o comando técnico da Selecção Nacional de futebol de honras.
Este jornal soube que após a eliminação nos quartos-de-final da 34ª edição da Taça Africana das Nações, mercê da derrota, por uma bola sem resposta diante da Nigéria, a direcção da federação e Pedro Gonçalves não trocaram impressões.
Tal situação levou os adeptos a acreditar que Pedro Gonçalves teria mesmo cessado as suas funções no comando técnico do combinado nacional. No entanto, o presidente da federação angolana da modalidade, Artur Almeida e Silva, vai abordar nos próximos dias a continuidade do técnico português que colocou os Palancas Negras entre as oito melhores selecções no evento continental que ainda decorre na Côte d’Ivoire.
Apesar de ter sido ‘mal amado’ pela crítica desportiva, tudo indica que o treinador de 47 anos de idade vai estender o seu contrato, visto que está apostado em colocar a selecção angolana na fase de grupos do Campeonato do Mundo que terá lugar nos Estados Unidos, México e Canada, isto é, em 2026. Ao serviço da Selecção Nacional, Pedro Gonçalves teve uma prestação regular no Mundial em sub-17 que decorreu no Brasil.
Com alguns atletas que compõem a acutal selecção, o técnico nacional deixou boas impressões na festa da juventude. Aliás, chegou à outra fase batendo selecções jovens com nome dentro e fora do continente europeu no palco da competição.
Zito Luvumbo, que agora actua no Cagliari da Itália, é um dos atletas que brilhou no Mundial de futebol em sub-17. Formado no 1º de Agosto, logo a partir dessa prova em 2019, em solo brasileiro, o internacional angolano chegou a Itália e se impôs.
Por sua vez, o clube militar, desde que abriu a Academia, há pouco menos de quinze anos, é a que mais tem dado atletas às selecções nacionais jovens e de honra. Por isso, depois do CAN que a Côte D’Ivoire acolhe, a formação continuará a ser a missão dos clubes nacionais, visto que a prestaçãna prova continental admirou o mundo.
Palancas recebidos em apoteose em Luanda
A Selecção Nacional de futebol, equipa técnica e membros da federação, foram recebidos em apoteose em Luanda depois da sua particiapção no CAN que ainda decorre na Côte d’Ivoire. No Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, os Palancas Negras receberam o calor de dirigentes e do público.
Na carripana, os atletas passaram por artérias da cidade, onde foram ovacionados pelo público, sendo que a homenagem decorreu na Nova Marginal. Para saudar a trajectória dos Palancas Negras no CAN, os quartos-de-final, batendo adversários de peso, um momento cultural, com destaque para o Kuduro, também mereceu atenção. Num curto discurso de agradecimento, o presidente da Federação Angolana de Futebol (FAF), Artur Almeida, disse que se está a viver uma nova era, por isso é importante continuar a trabalhar para melhores resultados.
“Agradeço a presença de todos, mas devo dizer que estamos a viver uma nova era no futebol”, admitiu. Por sua vez, a ministra da Juventude e Desportos, Palmira Barbosa, adiantou que o futebol sempre honrou e uniu os angolanos. “Devemos a partir de agora trabalhar para obter melhores resultados no futuro”, fez saber a antiga campeã africana de andebol.