O candidato da lista A, Egas Viegas, derrotado nas eleições no 1.º de Agosto, realizada sábado, em Luanda, considera ter sido o acto injusto e eivado de irregularidades.
Vencido por Sã Miranda (lista B) com 2.341 votos a favor, para o quadriênio 2024-28, o jurista de direito desportivo apontou situações que o levaram a retirar-se da corrida a liderança de um dos clubes mais emblemático de Angola.
Em comunicado oficial, divulgado na sua página nas redes sociais, reclama a recusa na conformação da população votante, a presença de militares no processo e a falta de transparência por parte da comissão eleitoral.
“Após enfrentar uma série de obstáculos e tentativas de barrar a candidatura, a Lista A decidiu não participar do pleito, em respeito aos seus apoiadores e à democracia interna do clube”, lê-se na comunicação a que a ANGOP teve acesso, este domingo.
Acrescenta a nota, que a decisão é o reiterar do compromisso com a transparência, ética e respeito às normas democráticas, colocando a dignidade acima do poder.
A história, segundo Viegas, absolverá a sua decisão de não participar de um processo eleitoral que considera viciado e ilegal.
Escreveu, restar agora aguardar os desdobramentos e impactos da decisão no 1º de Agosto, enquanto a Lista A se retira do processo eleitoral visando preservar os valores e princípios que norteiam o clube.
No entanto, após a divulgação dos resultados do acto decorrido na Cidade Desportiva, no RI20, a comissão eleitoral manteve a lista A no processo por nao ter recebido qualquer notificação oficial sobre a desistência.
Assim, o General Sá Miranda venceu Egas Viegas com 2.341 votos a favor contra 388 do adversário, num total de 2.740 votos
Foram registados 28 votos em branco, 15 nulos e nenhum reclamado.
A comissão eleitoral foi liderada pelo antigo presidente do 1º de Agosto e da Federação Angolana de Futebol, Pedro Neto, Paulo Madeira (secretário) e Ngouabi Salvador (escrutinador).