Fundada em Fevereiro de 2018, a Academia de Xadrez Mentes Pensantes, localizada na Sapú 2, concretamente no Projecto Nandó, em Luanda, com o objectivo de formar atletas, carece de apoio para solidificar o projecto. À resportagem do jornal O PAÍS, o director da Academia, Fernando Caconda, assegurou que a compra de tabuleiros para a prática do desporto-ciência é o calcanhar de Aquiles
Para os amantes do xadrez, modalidade também conhecida por desporto ciência, quem quiser praticar basta ir para as imediações das bombas da Pumangol, no Luanda Sul, em direcção à estrada que dá para o Estádio 11 de Novembro, vai deparar-se com a Academia Mentes Pensantes.
Na infraestrutura, azul e branca, cores que identificam aquela casa de desporto, depara-se, à porta, com o segurança, o funcionário no terreno que se encarrega de manter a ordem e a vigilância.
Para manter a vontade de formar novos talentos nesta modalidade, a direcção da Academia, num espaço arrendado, cujo valor não foi revelado, os “artistas” do desporto ciência frequentam a casa com regularidade.
Assim, o espaço conta com a sala onde se pratica a modalidade, o gabinete do director onde se tratam os assuntos administrativos e um wc.
Deste modo, para a prática desta modalidade, a direcção da Academia abre de Segunda-feira a Sábado, das 10:00 às 17:00, em várias categorias naquela zona de Luanda. Posto isto, sob o olhar atento do instrutor Reginaldo Pombal, de 25 anos, de forma incansável ensina o ABC do desporto ciência a treze atletas, que aos poucos vão entrando no domínio.
O instrutor, aparentemente calmo e de trato fácil, assegurou à reportagem de O PAÍS que o rigor e atenção são requisitos para uma boa partida de xadrez profissional ou amador.
Reginaldo Pombal, formado pela Associação Provincial de Xadrez de Luanda, em 2019, adiantou que, apesar da dificuldades, transmitir os valores da modalidade é o mais importante.
Por esse motivo, o instrutor assegurou que tem transmitido o essencial aos formandos, visto que o raciocínio lógico, o cálculo e a concentração em cada lance determinam a vitória em larga ou em menor escala.
“Não tenho tido dificuldades em transmitir os conhecimentos, embora seja importante o aluno ou o atleta ter o material em casa para praticar nos tempos livres”, adiantou.
Reginaldo Pombal sublinhou que o xadrez é um pouco complexo, mas é fácil, tendo acrescentado que é imperioso conhecer as peças que constituem o tabuleiro, nomeadamente a torre, a rainha, o rei, peão, o cavalo e o bispo.
“Cada peça tem a sua missão no jogo, isto é, a movimentação no tabuleiro, por exemplo, a torre anda em linhas em linhas, na vertical e horizontal.
Já o cavalo tem um movimento diferente de todas as peças, ele faz um movimento de três casas, igual ou semelhante a letra L”, explicou.
Por isso, Reginaldo Pombal acrescentou que o bispo se movimenta nas diagonais e com uma função mais específica no tabuleiro e isso ajuda o atleta a pensar mais nas partidas.