A paralisação inicial em verdade do arranque da segunda volta do Girabola 2024/2025, prevista para dois meses, gerou descontentamento entre os clubes, sócios e adeptos devido ao impacto financeiro significativo que os clubes teriam. Muitos clubes já enfrentam dificuldades financeiras para manter suas operações.
No entanto, a interrupção da principal competição do futebol nacional poderia agravar essa situação crítica, especialmente num cenário de escassez de patrocínios.
Além disso, havia preocupação com a quebra do ritmo competitivo dos jogadores, uma vez que a falta de jogos afecta negativamente o desempenho individual e colectivo.
Os dirigentes entrevistados por este jornal enfatizaram que a suspensão da competição, por dois meses, poderia piorar a situação financeira dos clubes, além de impactar o estado emocional dos atletas durante os jogos.
Clubes como 1.º de Agosto, Wiliete de Benguela, Interclube, Carmona Sport Clube do Uíge, Académica do Lobito, São Salvador do Kongo e Petro de Luanda estavam especialmente preocupados com os efeitos do adiamento, considerando as suas expectativas de conquistas nesta temporada.
Diante da insatisfação dos clubes, a Federação Angolana de Futebol (FAF) começou por buscar alternativas para minimizar os impactos financeiros e competitivos da paralisação.
Após o adiamento do evento continental pela CAF para Agosto próximo, a federação convocou uma reunião de emergência com os clubes para definir uma nova data para a realização da segunda volta.
Os clubes e o elenco dirigido por Alves Simões concordaram em marcar o dia 19 de Fevereiro como a nova data para a disputa da segunda etapa da competição.
Com essa nova data estabelecida, os clubes terão mais tempo para se preparar adequadamente e ajustar suas estratégias antes do início do segundo turno do campeonato nacional.
De realçar que o impacto positivo dessa decisão é evidente não apenas nas finanças dos clubes, mas também no aspecto anímico dos jogadores, que poderão competir regularmente e manter seus índices de motivação elevados. Recorde-se que o Petro de Luanda, campeão em título, comanda a competição com 33 pontos.
O Wiliete de Benguela surge na segunda posição com 32, ao passo que o 1.º de Agosto, treze vezes campeão nacional, ocupa o terceiro lugar com 28 pontos. Já o Isaac de Benguela, treinado por Agostinho Tramagal, figura na zona vermelha, ou seja, no décimo sexto posto, com apenas 8 pontos.
Por: Kiameso Pedro