A onze dias do tiro de largada da corrida de fim-de-ano, os órgãos competentes ainda não desbloquearam o dinheiro para as despesas que se impõem.
POR: Isandra Capita
As verbas para a realização da São Silvestre, corrida pedestre de fim-de-ano que sai às ruas de Luanda no dia 31 de Dezembro, ainda não foram desbloqueadas pelos órgãos competentes. Segundo a organização da prova, de 10 quilómetros, o atraso vai condicionar os aspectos técnicos e desportivos do certame que já leva mais de cinco décadas.
A onze dias do tiro de largada, o atraso das verbas tem condicionado o pagamento de vários serviços ligados a corrida. Os chips, aparelho que controla os atletas em prova, já foram encomendados, mas o pagamento ainda não foi efectuado. Deste modo, os atletas correm o risco de participar sem o registo que se impõe internacionalmente pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF).
O órgão reitor da modalidade em Angola aguarda pelas verbas ´há muito, contudo, o tempo passa e as dívidas vão aumentando. O presidente da Federação Angolana de Atletismo (FAA), Bernardo João, disse que a ordem de saque depende de outras instâncias e que em tempo oportuno tudo estaria resolvido.
Ainda assim, o responsável referiu que estão a criar condições para manter os níveis de organização acima da média. Por outro lado, o Governo Provincial de Luanda (GPL) e a comissão técnica da prova vão realizar hoje a terceira vistoria ao percurso. Na primeira vistoria feita ao palco da corrida, os técnicos do GPL identificaram muitas falhas no troço, mas os técnicos prometeram ultrapassar o mais breve possível. A segurança também está a ser analisada entre a organização e o Comando Provincial da Polícia.
Estrangeiros na corda bamba A organização da corrida de fim-de-ano fez saber que se o dinheiro para as despesas não for desbloqueado o mais breve possível, os atletas estrangeiros não escalarão a cidade de Luanda. Por esta razão, a prova voltará a ser nacional, tal como no ano passado, facto que manchará a organização de um modo geral.
Namíbia, Portugal, Brasil, Botswana, Africa do Sul, Zimbabwe, Moçambique são os países que já confirmaram presença no certame. No ano passado, com fundistas nacionais, Francisco Caluvi do Interclube venceu em masculinos e Adelaide Machado, , também da equipa da Polícia, venceu em femininos.