No dia 12 do corrente mês, a família do futebol, em nome da Federação Angolana (FAF), presidi-a por Artur Almeida, reunida na então cidade de Silva Porto (Cuito), não permitiu em uníssono a saída da prova que substituiria o Girabola esta temporada, segundo uma fonte do jornal O PAÍS
Na Assembleia- geral da Federação Angolana de Futebol, realizada no dia 12 do corrente mês na cidade do Cuito, na província do Bié, as associações provinciais vetaram a saída da Liga Profissional, prova que substituiria o Girabola a partir do dia 15 de Setembro próximo, segundo uma fonte do jornal O PAÍS.
No encontro, os presidentes das associações provinciais, na agenda de trabalhos, introduziram à revelia e com um não à partida, o ponto que engaja a Associação de Clubes de Futebol de Angola (ANCAF), presidida por Alves Simões. Na cidade, que antigamente se chamou Silva Porto, os filiados da FAF alegaram que a Liga Profissional de Futebol de Angola não tinha condições para sair do papel no próximo mês.
Assim, os membros da ANCAF ficaram admirados com a posição tomada pela federação, visto que o comunicado do dia 25 de Julho passado consta a assinatura do secretário-geral da FAF, Rui Costa e do CEO da Liga Profissional, Dino Paulo. No documento conjunto, pode- se ler, estão plasmados os aspectos que garantiam o arranque da prova com o licenciamento dos clubes, calendário, competições, inscrições e outros assuntos. No processo de arranque, que se- ria experimental, segundo as partes, faltava apenas a assinatura do acordo de competências, contra- to o qual transferia competências para a Liga Profissional, esvaziando tudo ou nada o poder das associações provinciais que ficariam somente com outras tarefas.
Por isso, a fonte deste jornal fez saber que os filiados da FAF podem ter “chantageado” o mais alto dirigente do órgão que rege o desporto-rei no país, Artur Almeida, na medida em que se aceitas- se a saída da Liga, ele conheceria a sua derrota no próximo pleito eleitoral, uma vez que são a maioria. “A Liga Profissional de Futebol não estava na agenda FAF, por isso foi estranho saber-se, por conta das redes sociais e dos órgãos de comunicação social de que a mesma Liga não sairia do papel, pois faltava apenas fechar o contrato de delegação de competências, o que estava para breve”, rematou a fonte de O PAIS.
Aliás, nos corredores da FAF, fala- se à boca pequena, que Artur Almeida será candidato para mais um mandato, mas terá à perna Norberto de Castro e outros opositores de peso. E, por isso, na cidade do Cuito os membros da FAF disseram que o comunicado conjunto deveria sair depois da realização da Assembleia-geral por conta dos assuntos que estavam pendentes. Isso deixou os membros da ANCAF atónitos, porque foram surpreendidos com a decisão tomada no certame organizado pelo órgão que rege o desporto-rei em Angola.