O combinado angolano carimbou, ontem, o passe para os primeiros Para-Jogos Africanos, após vitória diante da Zâmbia (103-15), na última ronda do zonal de apuramento, em Joanesburgo, na África do Sul
A Selecção Nacional de basquetebol em cadeira de rodas qualificou-se, ontem, para os primeiros Para-Jogos Africanos, a disputar-se de 2 a 13 de Setembro do corrente ano, no Ghana.
O combinado angolano, liderado pelo técnico Moniz Marques, encontrou facilidades perante um adversário desportivamente menos capaz, vencendo os quatro períodos do jogo em 37-02, 61-06, 81-10 e 103-15.
Ntanda Afonso, com 22 pontos, Isaías Messo, com 18, Cláudio Marcolino, com 16 e Aurélio Sanguende com 11 foram os melhores marcadores por parte de Angola, enquanto pelos zambianos destacou-se Beniston Chifufussa, com 5 pontos.
Sábado, na estreia, Angola perdeu com a África do Sul, por 41- 45, quando no terceiro quarto impunha empate a 31 pontos.
Isaías Messo, com 13 pts e Ntanda Afonso, com 10 foram os únicos que atingiram a casa de dois dígitos, referenciando-se pelos contrários, Shane Wiliams, com 20 pontos.
Em declarações à imprensa, Moniz Marques, seleccionador nacional, afirmou que o primeiro objectivo foi cumprido com a qualificação aos ParaJogos Africanos de Setembro, no Ghana, e com uma selecção completamente renovada.
Em mais de 15 anos, Angola perde pela primeira vez com a África do Sul por menos de cinco pontos de diferença, 41- 45, sendo isso demonstrativo de que o trabalho desenvolvido está no caminho certo.
Para ele, o desafio contra a África do Sul, país com outro nível de organização, de infraestrutura e competitivo serviu para tirar ilações sobre o que poderá ser Angola a curto ou médio prazo.
Apesar do resultado equilibrado, Moniz Marques reconheceu ter defrontado um adversário em renovação com jogadores de Sub-23, alertando para que não se levante tão alto a fasquia.
Fez questão de sublinhar que terá ficado com a sensação de que o conjunto está em boa fase de construção, visando chegar ao nível dos grandes do continente africano e citou Marrocos, Argélia, África do Sul, Egipto e Tunísia como exemplo.