O Petro voltou a confirmar o domínio que tem no futebol angolano há três anos com a conquista do décimo oitavo título no Girabola.
Na minha opinião, o Petro tem o melhor plantel, o melhor treinador e a melhor estrutura directiva do país.
Até à penúltima jornada do Girabola, os tricolores consentiram apenas uma derrota, sete empates e tiveram jogadores como Pedro Pinto, Kinito e Inácio, os esteios da defesa e contaram com a fantasia e irreverência de Soares, Toro e Gered para alicerçar o seu futebol.
Jogadores como Tiago Azulão e Gibelê, por limitações físicas, e Guedes estiveram muito longe do que se esperava e retiraram claramente maior competitividade ao Petro.
É verdade que os tri-campeões nacionais fizeram um brilharete na fase de grupos da Champions, mas também é verdade que a equipa tremeu sempre nos jogos decisivos, sejam eles na competição continental ou no Girabola.
Mais uma vez o Sagrada Esperança foi um digno vice-campeão, jogou de igual para igual com o campeão e acredito que só não chegou ao título devido a irregularidade demonstrada na primeira volta da prova.
Roque Sapiri montou uma equipa que não sabe jogar mal, com matriz ofensiva e com um futebol intenso que pulverizou grande parte dos adversários.
Também acho que os lundas terão sido os mais prejudicadas pelos árbitros no Girabola. Sempre que os homens de preto decidissem errar, erravam contra o Sagrada Esperança.
O Desportivo da Lunda Sul foi a equipa sensação da prova, até descarregar a bateria, na segunda e decisiva etapa do campeonato.
Mesmo assim foi bom ver um outsider a “assustar” as grandes da nossa praça. Não foi desta que o 1.º de Agosto voltou a ser competitivo na época, alimentando sonhos não concretizados para a sua massa adepta.
Filipe Nzanza foi em minha opinião o grande herói dos militares, assumindo responsabilidades extras devido à falta de mando da antiga direcção do clube.
Vai terminar brevemente o campeonato que ficará para a história como aquele que teve o maior defeso de sempre, devido as “diabruras” da FAF, que manteve em competição um clube, o Sporting de Cabinda, que não tem condições financeiras para suportar os encargos da prova.
Por: LUÍS CAETANO