Os galardoados na presente edição do Prémio Nacional de Cultura e Artes (2023) serão conhecidos hoje, durante a conferência de imprensa, a ter lugar às 11 horas, na sede do Ministério da Cultura e Turismo, em Talatona
A premiação dos trabalhos distintos é concedida anualmente a sete categorias seleccionadas por um corpo de Jurados, neste evento de distinção cultural do Estado angolano, para reconhecer e incentivar a excelência artística, cultural e das ciências humanas e sociais. Trata-se do maior reconhecimento do Estado, pelo trabalho desenvolvido pelos artistas angolanos nas suas mais variadas formas de expressão artística.
O mesmo foi instituído em 2000, com o propósito de galardoar criadores nas disciplinas de literatura, cinema e áudio visuais, artes plásticas, artes de espectáculos e investigação em ciência humanas e sociais. O prémio distingue também contribuições no campo do jornalismo cultural e festividades culturais populares. Nesta última categoria, em 2017 o prémio foi atribuído às Festas da Nossa Senhora do Monte, que já existem há mais de 100 anos, por terem entretanto incorporado “importantes elementos da cultura local”.
Em 2008, o Ministério da Cultura lançou um programa de divulgação do prémio para inverter a tendência de divulgação tardia, nas últimas semanas antes da cerimónia de entrega, o que tornava a publicidade pouco eficaz para os eventuais interessados. Depois de décadas durante as quais as artes receberam pouca atenção oficial, o concurso vem ao longo dos anos atribuindo prémios póstumos. O político e poeta Viriato Clemente da Cruz foi desta forma reconhecido na categoria Literatura em 2018, 46 anos após a sua morte.
Referências das artes e cultura nacional como Óscar Ribas, Viteix, Zé Keno, Rui Duarte de Carvalho, Boaventura Cardoso, Ngola Ritmos, Pepetela, Bonga, Waldemar Bastos, Óscar Gil, António Ole, Jorge Macedo, Maria João Ganga, Nguxi dos Santos, Carlos Lamartine, dentre outros, fazem parte da lista de vencedores do Prémio Nacional de Cultura e Artes.