O músico Paulo Flores encerrou, no último sábado, em Luanda, no ClubS, a série de espectáculos que vem realizando, denominado “Angola que Canta”, em saudação aos seus 36 anos de carreira. O músico, que já passou pelas províncias de Benguela, Bié, Huíla e Huambo, encerrou a tournée em Luanda, depois de já ter estado, na semana passada, na Nova Marginal, onde congregou um número expressivo de fãs que, com ele, cantaram uma Angola de memórias e referências, como disse o cantor.
A Minha velha, Inocente, A carta, Makalakato, Boda, País que nasceu meu pai, Marika, Njila ia dikanga e outros sucessos deram brilho ao espectáculo de sábado último que juntou fãs provenientes de todas as partes de Luanda e do país.
O espectáculo, que começou às 21 horas, estendeu-se à madrugada inteira, em que os fãs, até às últimas horas, não arredavam os pés do local que contou ainda com a afluência de estrangeiros amantes da música de Paulo Flores.
Roda de semba de excelência
Em roda de semba, os amantes da música de Paulo Flores fizeram fila para cantar e dançar os sucessos do artista que é uma das grandes referências da música angolana. Nas palavras aos fãs, Paulo Flores reconheceu o espetáculo como sendo uma verdadeira roda de semba em que todos sentiram a verdadeira essência da angolanidade e das raízes da música nacional. Segundo Paulo Flores, a tournée foi um sucesso na medida que congregou os apreciadores da sua música em torno de um único objectivo, que é de celebrar a cultura angolana.
O brilho de Yuri da Cunha e Prodígio
Yuri da Cunha e Prodígio fizeram parte da lista de artistas que seguiram Paulo Flores durante toda a trajectória em que durou a tournée ‘‘Angola que canta’’, que elevou a carreira do autor de “Coisas da Terra” para uma projecção de elevado reconhecimento.
Breve percurso
Paulo Flores nasceu a 2 de Julho de 1972 no município do Cazenga, província de Luanda. Em 1988, gravou na Rádio Luanda, com Eduardo Paim, o álbum “Kapuete Kamundanda”. Com vários prémios nacionais e no estrangeiro, Paulo Flores é dono de vários sucessos como “Njila ia Dikanga”, “Jeito alegre de chorar”, “Cherry”, “Inocente”, “Brincadeira Tem Hora”, “Perto do Fim”, entre outros. O músico participou em várias compilações e colaborações em projectos de artistas nacionais e internacionais.