Pinceladas e quadros, movidos por “Mãos de Fada” de diferentes nações do planeta, preencherão a Sky Gallery, no Edifício ESCOM, em Luanda, através de uma exposição colectiva, intitulada “Ressurgir – Mulheres do Sul e Cartografias de um Despertar”.
A mostra, que será inaugurada sexta-feira, 31, na referida galeria, é composta por obras que ainda estão em processo de produção e outras que já foram expostas em alguns espaços, mas vindas de diferentes países.
O trabalho artístico surge como uma possibilidade de elaboração de memórias desconhecidas e novos horizontes. É a primeira iniciativa expositiva em Angola, da investigadora cubana e curadora de Artes Visuais, Elizabeth Pozo Rubio e do Projecto Artérias.
A exposição reúne criadoras que utilizam diferentes meios de expressão visual, incluindo pintura, fotografia, desenho, vídeo. Será a confluência no espaço físico da galeria de várias poéticas visuais de mulheres artistas, mas através das redes sociais e da plataforma de Internet, são acrescentadas as obras de outra jovem criadora, vinda da República Democrática do Congo, bem como as peças mostradas.
A colecção, conta com a participação das anfitriãs, Marisa Kingica, de Angola, Laysa Marques, igualmente, de Angola, Vesuhely American (Curaçao), Vesna Brzovic, do Chile, Kidjhana Waccus, de Guadalupe, Delfina Nina, do Perú, Beverline Bavedila, da República Democrática do Congo, Elizabeth Pozo, de Cuba, que também é curadora da mesma.
Impacto das obras ilustradas
Indagada pela nossa reportagem quanto ao surgimento da mostra e impacto que esta poderá ter aos olhos dos apreciadores das Artes Visuais, Elizabeth Pozo realçou que a colecção, perante o espectador, surge como um esforço para captar a força criativa de 7 artistas femininas emergentes, que através das suas imagens, constrói uma cartografia multifacetada e experimental.
A exposição reúne criadoras que utilizam diferentes meios de expressão visual, incluindo pintura, fotografia, desenho, vídeo. É a primeira experiência do género, e segundo a curadora, continuarão a trabalhar para expandir itinerários visuais e cartografias estéticas, podendo reunir mais projectos artísticos.
A curadora sublinhou que, com essa exposição, abre-se, assim, um diálogo, uma confluência de diversidade que pretende mostrar a poética feminina como obra de intervenção e reinvenção na passagem quotidiana.
Referiu que as suas obras chegam ao espaço híbrido da exposição para descobrir a pluralidade de estéticas que emergem de pontos cardeais atravessados por desigualdades, exclusões pós-coloniais.
“A arte adquire uma força fundacional, que nos permite encontrar a nossa própria voz, trazer ritmos insuspeitos e questionar padrões”, disse Elizabeth Pozo Rubio, acrescentando que, a partir das suas tramas sensoriais, estão comprometidas com um lugar colectivo, uma rede de solidariedades que multiplica o poder do artístico, a sua capacidade de gerar mundos e subjetividades.
Formato híbrido que incorpora o digital
A curadora recordou que este formato híbrido incorpora o digital como um lugar de socialização que permite multiplicar o impacto do trabalho artístico. Com este procedimento, recordou, rompem-se os limites espaço-temporais, abrindo-se novos territórios criativos e sensoriais, fomentando-se uma área de encontro.
Este formato híbrido incorpora o digital como um lugar de socialização que permite multiplicar o impacto do trabalho artístico. Com isso, rompem-se os limites espaço-temporais, abrem-se novos territórios criativos e sensoriais e fomenta-se uma área de encontro.
“Ressurgir – Mulheres do Sul e Cartografias de um Despertar” procura gerar novas perspectivas a partir da arte como lugar de transformação, inclusão e vida, potencializar práticas visuais em seus ambientes ligadas por processos comuns, promover contatos interculturais e ampliar as ressonâncias da criação feminina.
A mostra é o resultado de um processo de aprendizagem e conversas ao longo de mais de um mês, e durante esse período, artistas e teóricos, trabalhadores da Cultura, juntaram-se através das tecnologias de comunicação, para gerir um lugar de troca e conversa.