O evento, denominado “Noite de amizade ChinaAngola”, teve como objectivo aprofundar a compreensão e partilhar a cultura dos dois países, no sentido de estreitar cada vez mais os laços de amizade que os une.
Da China, houve a apresentação de um drama, ilustração de outras performances, incluindo danças, canções modernas, que mostraram a história e a cultura do seu povo.
Já a parte angolana contou com a presença de nomes sonantes da música nacional, como Euclides da Lomba, Yola Araújo, Yanick Afroman, Gerilson Insrael, Telma Lee, entre outros, que fizeram vibrar e dançar os mais de mil e 500 convidados entre angolanos, chineses e convidados de outras nacionalidades.
Euclides da Lomba, durante a sua actuação, felicitou o povo chinês, tendo desejado continuidade desta profunda amizade entre os dois países. O músico considerou as intenções entre Angola e China positivas, à medida que a comunidade do Sul da Ásia vai sendo numerosa no país, um povo culturalmente milenar, que faz com que este momento inesquecível aconteça no território nacional.
O músico, que agradeceu pela oportunidade de poder fazer parte desta actividade celebrativa do povo chinês, defendeu a necessidade de seguirmos e aprendermos com este povo, sobretudo aquilo que é a sua dedicação que contribui para o desenvolvimento deste país asiático.
A cantora Tema Lee, que brindou os presentes com as suas composições, aproveitou para enaltecer a iniciativa que resultou na realização do evento que congregou artistas dos dois países e, consequentemente, duas culturas. “Foi extremamente maravilhoso, sem sombra de dúvidas’’
Jovem angolano canta em Mandarim
Uma das maiores atracções da noite foi a presença do jovem angolano que interpretou uma música na língua chinesa Mandarim. Tratase de Eliakim Bravo, de 18 anos de idade, estudante do Instituto Confúcio da Universidade Agostinho Neto, com a canção do músico Jay Choh, “Porcelana de cor azul e branca”, que retrata uma peça muito rara naquele país, com um grande valor.
“Sinto- me muito feliz, porque actualmente digo que o Mandarim é uma prioridade na minha vida, pois abriu muitas portas para mim. Por isso, aconselho os jovens a aprenderem esta língua, porque é a língua do futuro, tendo em conta as relações entre os países. Actualmente, consigo trabalhar como tradutor, entre outras oportunidades”, frisou.
Celebrar os 75 anos da República da China
Segundo o embaixador da China em Angola, Zhang Bin, o evento visou celebrar os 75 anos da República Popular da China, que se assinala amanhã, primeiro de Outubro. Zhang Bin referiu que a China e Angola apresentam culturas muito ricas e vibrantes que não só devem ser apreciadas, mas também valorizar e compartilhar.
Zhang Bin lembrou que os dois países estabeleceram relações bilaterais há mais de 40 anos, que, durante este período, tem sido desenvolvido de forma estável e saudável. Realçou que as relações atingiram uma grande dimensão, à medida que a cooperação se tem diversificado em várias áreas onde as duas partes obtiveram bons frutos.
“As relações bilaterais na área da política e economia já estão muito boas, mas as relações de intercâmbio cultural ainda estão um pouco fracas. Pretendemos que seja mais forte, este também é um dos motivos da realização desta actividade”, admitiu.
Desde a sua tomada de posse, avançou, tem analisado os aspectos ligados ao intercâmbio cultural, que se reflecte com a realização desta actividade que, observou, vai ajudar no intercâmbio das culturas e civilização dos dois povos.
O embaixador almeja ainda, dentro do seu tempo de trabalho no país, ter mais chineses com o interesse da cultura de Angola. “Gosto muito da dança, as músicas populares angolanas, também fico muito impressionado com as paisagens naturais, as montanhas, os rios e o artesanato“, disse com alegria.
No seu ponto de vista, num futuro próximo, as ligações interculturais entre China e África, ou mesmo China e Angola, serão mais diversificadas e estreitas, gerando mais resultados frutíferos no âmbito da iniciativa para a civilização global.