A cantora Selda vai realizar, nesta sexta-feira, 14, pelas 19 horas, um concerto intimista dedicado especialmente a homenagear as mulheres angolanas e de todo o mundo, a ter lugar no Palácio de Ferro, na Baixa de Luanda
Denominado “As Mulheres da Minha Vida”, o concerto visa homenagear as mulheres de todo o mundo, num mês inteiramente dedicado a elas, especialmente às mulheres angolanas e aquelas que, de uma forma ou de outra, tiveram alguma influência na trajectória artística de Selda.
Com cerca de duas horas de duração, o espectáculo vai servir de encontro especial em que a artista procurará manter alguma intimidade com o seu público, que espera ser maioritariamente feminino, para um momento de descontração, conexão intimista e muita musicalidade.
Sem um outro artista convidado, Selda diz que anseia ser um concerto em que o público se torne a atracção principal, vivendo o momento “único e especial” de grande exaltação da grandeza da mulher e as suas valências nas mais variadas áreas de actuação.
A artista sublinhou que pretende homenagear, de um modo muito particular, as mulheres com quem já conviveu e que criaram algum impacto na sua vida pessoal, bem como as figuras da música mundial que influenciaram na sua trajectória e tendência musical.
“É intenção minha homenagear as mulheres que fazem parte da minha vida e da minha trajectória. Neste sentido, vou homenagear mulheres batalhadoras que fazem parte do nosso dia-a-dia, e aquelas artistas que me influenciaram a fazer o estilo de música que eu gosto e que hoje faço”, explicou a artista em declarações ao Jornal OPAÍS.
Entre as artistas que pretende homenagear, interpretando os seus temas musicais, destacamse nomes como Aretha Franklin, Whitney Houston, Maria Gadú, Roberta Miranda, Celine Dion, Yola Semedo, entre outras.
Exaltar o contributo da mulher
A par das homenagens no campo musical, Selda afirma ser de seu interesse poder exaltar, através do concerto, o papel e o contributo que tem dado para o desenvolvimento da sociedade, nas mais variadas áreas de actuação.
Segundo a artista, além de criar um ambiente de intimidade musical, quer convidar as pessoas, especialmente as mulheres, a contemplarem a dimensão deste ser “mulher” que reflecte fonte de vida, amor e solidariedade.
Pretende ainda, por outro lado, advertir às mulheres a olharem para si mesmas, a respeitarem-se pelo que são e como são, ressaltando a aposta nas suas qualidades e valências.
“É importante que a mulher invista no seu auto-conhecimento e na capacitação, na sua autodeterminação e na sua independência financeira e emocional. As mulheres precisam se respeitar pelo que são acima de tudo”, reforçou a cantora.
Perfil da Artista
Guiselda Tainara Salgueira Portelinha, de nome artístico Selda, nasceu a 4 de Julho de 1989, na província da Huambo.
Passou uma boa parte da sua infância na cidade do Lubango e a juventude em Luanda, onde possui residência, depois de ter uma curta passagem por Lisboa.
Entrou no mundo da música aos nove anos, ainda na província da Huíla, sob influência da avó que gostava de cantar fado e do pai que, nos tempos livres, exercia a actividade de DJ.
Além do pai e da avó, a sua mãe é uma grande fã das músicas de Whitney Houston, Roberta Miranda e de Celine Dion, um ambiente que tinha em casa que a transformou em cantora.
Em termos de discografia, Selda conta com dois álbuns no mercado, nomeadamente “Morena de cá”, lançado em 2019, e “Tom perfeito” lançado em 2023.