O concerto, com duração estimada entre duas e três horas, não só visa celebrar as quatro décadas de carreira do músico, mas também reafirma o seu regresso ao musical nacional após vários anos de ausência por motivos pessoais e profissionais.
Quanto à escolha dos artistas, Ângelo Boss disse que decidiu juntar artistas que, de uma forma ou de outra, terão tido alguma influência positiva nos seus anos de carreira, sendo que alguns dos quais já teve o privilégio de com eles trabalhar em alguns projectos musicais e mantêm uma relação de familiaridade, como é o caso de Walter Ananaz, Ivan Alekxey e o seu irmão mais novo Big Boss.
Entretanto, sublinha que tal facto não quer dizer que não haja outros artistas que mereçam estar consigo nesta celebração, mas que não podia “exceder” no número de músicos convidados para não retirar o “prestígio” do evento, realçando que já corre o risco de ter que “excluir” várias músicas suas da lista das actuações para não comprometer o programa da organização do espectáculo.
“Como sabe, por mais que eu queira, não dá para trazer todo o mundo no espectáculo. São 40 anos de carreira, são muitas músicas para partilhar com o público e, ainda assim, terei de deixar algumas de lado para permitir que os meus convidados aproveitem também o seu momento”, explicou o artista de 54 anos de idade.
Acrescentou que, apesar de não poderem estar todos presentes em palco, “os meus sabem que não os esqueci nem os exclui, não puderam estar neste show, poderão estar noutras ocasiões, ainda há muito por se celebrar”, reforçou.
Autor de sucessos como “Big Boss”, “Bebedeira” e “Angola ku Muxima”, Ângelo Boss reiterou, em entrevista a este jornal, estar a preparar o seu sexto álbum intitulado “40 anos”, cujo lançamento acontece antes do fim do ano, sendo o acto que vai encerrar a celebração do seu 40.º aniversário de carreira.
Com a produção do Dj Beto Max, o álbum, que já se encontra em fase de acabamento, conta com a participação dos músicos Ivan Alekxei, Livongue, Beto Max e o seu irmão mais novo Big Boss e de alguns jovens promissores, cujos talentos musicais despertaram a atenção do anfitrião que os traz em seu novo disco.
Sublinhou, mais uma vez, que está focado em “reconquistar” o seu espaço no mercado, por isso tem trabalhado cautelosamente no seu novo álbum para que conquiste o coração do público e ajude a “reposicionar” a sua marca no musical nacional.
Breve histórico do artista
Nascido a 4 de Dezembro de 1970, em Luanda, Ângelo Boss teve o primeiro contacto com os microfones em 1980 enquanto repórter infantil do programa Piô-Piô.
No mundo artístico, estreou-se ainda muito novo, com a música “Wassamba”, em 1984, uma composição de Rosa Roque, adaptada do livro “As Aventuras de Ngunga”, de Pepetela.
Há mais de 30 anos que reside na capital portuguesa (Lisboa) com a família, onde também desempenha outras actividades profissionais fora da música. Em seu vasto percurso musical, o artista conta com cinco discos lançados, nomeadamente “Gato Preto”(1994), “Kota dá Só” (1998),”Huambo”(2001), “Angola ku Muxima” (2004) e “Kizomba Mwangolé” (2010).