João constantino teceu essas considerações quando falava numa palestra subordinada ao tema “Politica e incentivo à criação cultural”, inserida na Feira Juvenil de Educação, Tecnologia, Empreendedorismo e Cultura (FEJETEC), realizada ontem, em luanda
Texto de: Jorge Fernandes
Durante o certame que hoje encerra, sob iniciativa do Secretariado Nacional da JMPLA, o responsável salientou que, apesar das políticas culturais serem gizadas pelo Estado, os agentes culturais e demais instituições publicas/privadas são também aqui chamadas, de modo a impulsionar o génio criador dos artistas, tendo em vista para eles uma oportunidade de negócios.
Por esse facto, louvou as iniciativas de instituições como a Sonangol, que desenvolve e promove o concurso “Sonangol de Literatura”, a Ensa, que realiza o “Ensart”, a Associação Cultural e Recreativa, o “Caxinde do conto infantil”, a União dos Escritores Angolanos, o “Quem me dera ser Onda” e outras fora da cidade capital com concursos ligados também à literatura, ao teatro e dança.
É de responsabilidade do seu pelouro, no que toca às iniciativas de criação cultural, a criação de um ambiente propiciador da utilidade criativa, daí o nascimento do Complexo das Escolas de Arte (CEART), que desenvolve acções de ensino no domínio artístico. Além disso, a realização anual de três prémios literários, designadamente o Prémio Literário Sagrada Esperança, o Prémio de ciências sociais “Mário Pinto de Andrade” e ainda o literário “António Jacinto”.
João Constantino fez ainda alusão aos prémios promovidos pelo Mincult, cabimentados no Orçamento Geral do Estado (OGE), como o Prémio Nacional de Cultura e Artes, além de outros projectos políticos de incentivo à criação cultura.
Incentivos
Por outro lado, considerou a introdução da política por intermédio do CEART no incentivo à criação cultural como sendo um elemento essencial para vida dos cidadãos angolanos, pelo facto de a Cultura constituir um dos pilares fundamentais sobre os quais se ergue a nação angolana, devendo ser esse o primeiro incentivo para a criação cultural.
“Esse deve ser o primeiro incentivo para a criação cultural, a que se juntam as ideias expressas nesse órgão, que vão no sentido de consagrar na contemporaneidade as tradições favoráveis ao desenvolvimento nacional através das indústrias culturais, aliadas ao uso de técnicas e de tecnologias modernas, tornando-as atractivas às novas gerações”, fundamentou.
Apontou ainda a política do livro e da leitura, além do cinema e do audiovisual e de outras exposições que estabelecem a criação de casas de cultura em todos os municípios, tal como bibliotecas, que também devem existir em todas as escolas.
Outras actividades O segundo dia da Feira Juvenil de Educação, Tecnologia, Empreen
dedorismo e Cultura (FEJETEC) ficou também marcado por uma dissertação do secretário de Estado das Telecomunicações, Mário Augusto de Oliveira, que falou sobre a referida temática. Na sequência, ouviram-se casos de sucesso de vários jovens ligados a instituições como Orquestra Kapossoka, Editora Acácias, Projecto Aplausos e ainda programas multidisciplinares sobre empreendedorismo e Cultura.
Prémios
A FEJETEC vai premiar o mérito e o talento dos jovens entre os 15 e 35 anos de idade, nas categorias de “Melhor peça teatral”, “Melhor obra literária”, “Melhor composição musical”, “Melhor projecto de investigação científica”, “Melhor aplicativo informático ou software” “Melhor Jovem empreendedor”, Samora Quitumba e “Melhor Stand”.
Organização
A Feira Juvenil de Educação, Tecnológicas, Empreendedorismo e Cultura (FEJETEC) é uma iniciativa do Secretariado Nacional da JmPlA, visa distinguir e premiar todos os jovens de Cabinda ao Cunene, sem distinção de cor partidária ou credo religioso, que se destaquem nos universos académico e profissional. Saliente-se que esta feira decorre no âmbito das Jornadas Abril Jovem, em curso durante todo mês de Abril, numa homenagem ao patrono da juventude angolana, o comadante Hoji-YaHenda.
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