O projecto cultural “Semba in the World: Life is in the Dance”, que vai arrancar no ano em curso, vai criar monumentos culturais em mais de 10 países para promover a internacionalização do semba, buscando valorizar e expandir globalmente a cultura angolana.
As actividades, agendadas para este projecto lançado oficialmente na passada quarta-feira, 19, no Centro Cultural Recreativo Kilamba, em Luanda, estão previstas para o período de 2025 a 2044, com a realização de um festival em três países, a começar por Angola (Luanda, 2025), Portugal (Lisboa, 2026) e Brasil (Rio de Janeiro e Bahia, 2028), expandindo para outros países ao longo do tempo.
O objectivo é promover e preservar a cultura angolana através da música, dança e arte do semba, conectando pessoas ao redor do mundo e proporcionando um maior entendimento e apreciação da diversidade cultural angolana.
Durante o seu lançamento, representantes institucionais, artistas e músicos marcaram presença neste evento que destacou a sua missão de criar pontes culturais e promover o diálogo intercultural.
O mesmo conta com 8 pilares principais para sua internacionalização, incluindo a construção de monumentos, como a Coroa do Semba, e a criação de eventos como o Festival Semba in the World, além de ações voltadas para a educação cultural, turismo, empoderamento feminino e combate à fome e à pobreza.
Em entrevista ao Jornal OPAÍS, o coordenador do projecto, Hélio Aragão, destacou que a iniciativa visa promover as raízes da cultura angolana, tornando o semba e a cultura nacional acessíveis globalmente, por meio de eventos, programas educativos e plataformas online.
Hélio Aragão também esclareceu que, apesar do planeamento, ainda não há uma data definida para o início das actividades em 2025.
“Estamos aguardando os apoios necessários para definir as datas e os locais”, disse. Sobre a importância do projecto, Hélio enfatizou que sua implementação será um ganho significativo para a cultura angolana, pois fortalecerá o intercâmbio cultural entre Angola e os países anfitriões.
Por sua vez, o Director Nacional da Acção Cultural do Ministério da Cultura, Pedro Chissanga, afirmou que apoiam esta iniciativa, por estar alinhada com as políticas culturais do país, especialmente no que diz respeito ao resgate, salvaguarda e valorização da cultura angolana.
“O projecto inclui acções que visam fabricar instrumentos musicais tradicionais e expandir essa arte pelo mundo.
Além disso, possui parcerias internacionais, o que traz uma perspectiva econômica para a cultura”, acrescentou Pedro Chissanga.
Pretensões Futuras
O projecto almeja ser reconhecido como líder global na promoção e difusão da cultura angolana, com festivais internacionais de semba em diversos países, criando pontes culturais e promovendo o diálogo intercultural.