A completar agora seis anos de existência desde a sua concepção, a iniciativa pretende continuar a ser um activo forte e importante no processo de consciencialização da juventude do Planalto Central, como disse, em entrevista ao jornal OPAÍS, Bráulio de Oliveira, coordenador do projecto Jango Cultural
Elevar a consciência crítica e abrir um maior espaço de debates entre os jovens têm sido o exercício regular que o projecto Jango Cultural tem vindo a desenvolver na província do Huambo.
A completar, agora, seis anos de existência desde a sua concepção, a iniciativa pretende continuar a ser um activo forte e importante no processo de consciencialização da juventude do Planalto Central, como disse ao jornal OPAÍS Bráulio de Oliveira, coordenador do projecto.
Entretanto, sem desprimor das outras iniciativas, o responsável garante que a regularidade e a qualidade dos debates têm permitido com que os jovens no Huambo olhem para a província com mais consciência.
Construção de uma sociedade com todos
Bráulio de Oliveira disse ainda ser de interesse do projecto Jango Cultural participar da construção de uma sociedade em que todos contam, sem, obviamente, dispensar o valor e exercício da crítica consciente por ser, no seu entender, dos pilares para a edificação do bem comum que se pretende.
Por isso mesmo, destacou, para além dos cérebros locais, o projecto Jango Cultural tem levado à província do Huambo outros pensadores e críticos que permitem pensar na construção do Huambo que todos auguram, desde a vertente social, política, cultural e económica.
Conforme referiu, só mediante o pensamento de todos é que se vai fazer do Huambo a terra que sempre foi, de gente que pensa, de homens trabalhadores e das famílias acolhedoras.
“Por isso é que promovemos sempre palestras e debates em torno de várias temáticas para continuarmos a resgatar os valores e princípios do Huambo”, apontou.
Movimento cultural em crescimento
Outrossim, Bráulio de Oliveira entende que, em função da consciência crítica dos jovens locais, muitas políticas públicas e iniciativas privadas têm vindo a ganhar espaço na província.
Entretanto, a título de exemplo, apontou o crescer do movimento cultural, com o surgimento de mais bibliotecas, livrarias, salas de teatro e espectáculos musicais que, frisou, têm vindo a dar outra dimensão ao Planalto Central.
Para Bráulio de Oliveira, no passado, já havia este movimento, mas que foi “morrendo” com o passar do tempo, pelo que, agora, há um envolvimento generalizado para o seu resgate.
“Estamos a resgatar o que de melhor a nossa cidade tinha. E aos poucos vamos vendo o surgimento de mais iniciativas que estão a dar vida à nossa província”, destacou.
Mais acções
O coordenador do projecto Jango Cultural lembrou ainda que para os próximos tempos estão agendados uma série de convidados que vão escalar a província do Huambo para a sequência das actividades programadas, sendo que o último convidado da iniciativa foi o político e engenheiro António Venâncio.