Cinco contos tradicionais africanos serão apresentados na quarta edição do programa “Estórias no Imbondeiro”, a decorrer no sábado (31), das 18h00 às 19h00, nas instalações do Centro de Ciências de Luanda (CCL), de frente à Baía de Luanda
As histórias são resultantes de trabalhos realizados pelos escritores Ondjaki, Óscar Ribas e Raúl David, além de fábulas da literatura oral de Icolo e Bengo e de Malanje, segundo a nota de imprensa a que OPAÍS teve acesso. A narrativa intitulada “Ombela: a Origem das Chuvas”, do escritor Ondjaki, é uma recriação com base na tradição ovimbundu.
O conto “O Homem e o Monstro”, recolhido em Malanje, fala de um chefe de família que, após visitar os sogros, é interpelado no regresso por um monstro que o obriga a repartir tudo o que recebera dos parentes, como galinhas, cabritos e outros produtos do campo. Contudo, o homem é ajudado por um anão deficiente, que consegue vencer o monstro.
Segue-se “Águia e o Candimba” (coelho), outro conto da tradição ovimbundu, recriada pelo escritor Raúl David, cujo enredo anda à volta de um machado emprestado pelo coelho à águia e, na falta de devolução por esta, só o cágado resolverá a disputa.
Na obra Kilandukilu (divertimento, em quimbundo), recolha do escritor angolano Óscar Ribas, se irá contar a estória “O Sapo e o Elefante”, que narra a disputa da senhora Maria, que tanto o sapo como o elefante pretendiam para esposa.
No final, o sapo leva a melhor sobre o elefante através da astúcia. “O Leão e a Toupeira eram amigos” é o título da última estória, uma fábula da literatura oral de Icolo e Bengo, que ensina a comunidade a reflectir antes de tomar uma decisão, como enfrentar as dificuldades e como ficar longe da tristeza.
“Estórias no Imbondeiro” é um projecto inspirado na tradição oral angolana e no secular imbondeiro da antiga Fábrica de Sabão, na zona do Baleizão, em Luanda, à volta do qual o público se sentará durante as sessões.
A iniciativa, de periodicidade mensal, no último sábado de cada mês, visa sensibilizar a população, sobretudo os mais jovens, para a importância de conhecer e valorizar a cultura e os costumes tradicionais de Angola.