Os estilistas Rui Lopes, Nadir Tati e Dina Simão são os convidados a partilhar as suas trajectórias no sector do estilismo na 3.ª edição do “Encontro dos Costureiros”, no sábado, 16, às 12 horas, na Mediateca Zé Dú, em Luanda.
O evento, a decorrer sob o lema “Histórias que revolucionam vidas”, vai permitir aos profissionais, com uma vasta experiência artística no mundo da moda, passar o testemunho aos novos talentos do ramo, como formas de descobrir e solucionar os desafios do sector.
Durante o encontro, serão realizadas trocas de experiências através de roda de conversa, onde os participantes poderão dar o seu parecer sobre um determinado assunto em suas abordagens, a fim de criar um ambiente interactivo.
Geovani Massana, da Associação dos Costureiros de Angola, explicou que o projecto tem como objectivo chamar a atenção aos demais fazedores deste ramo de arte para reforçar o lado empreendedor desta categoria artística.
“Desta vez, decidimos trazer rostos conhecidos a nível nacional e internacional, pessoas que já estão há mais tempo neste movimento, para poderem contar um pouco das suas trajectórias, no intuito de chamarmos à atenção de mais fazedores.
Neste encontro, vamos falar sobre os aspectos bons e maus da profissão e também reforçarmos o lado empreendedor”, disse Massana.
O costureiro avançou que, durante a actividade, os especialistas do estilismo pretendem motivar os novos talentos e veteranos da arte que se descuidaram do trabalho em consequência de algumas dificuldades.
Desafios do sector Quanto aos desafios da classe no mercado nacional, Geovani apontou a falta de apoio da comunicação social e a dificuldade de acesso às iniciativas que possibilitem oportunidades para divulgação dos trabalhos.
Outro aspecto baseia-se na aquisição de materiais, os preços irregulares dos materiais utilizados e os acessórios difíceis de adquirir no país.
O organizador aponta ainda como maior desafio a venda do produto final no mercado nacional, que observa ocorrer com grande défice pela pouca valorização ou desconhecimento por parte dos cidadãos do trabalho que realizam. “Também temos um público extremamente ignorante, que não conhece o valor de um costureiro.
Tem sido um grande trabalho mudar a mentalidade, a atitude e o comportamento dos nossos clientes”, expressou. Já que o objectivo é o alavancar da moda nacional, o responsável reitera que se deve também à falta de união entre os fazedores da moda.
“E deste grande câncer que acredito estar a consumir a sociedade que é a mania de grandeza, onde alguns se acham mais influentes do que os outros”, notou.